Dezasseis organizações não-governamentais portugueses exigem uma "investigação completa e imparcial" sobre os incidentes.
Uma carta aberta de 16 organizações não-governamentais (ONG) portuguesas reclama o fim do que classificam como "abusos de autoridade" e "repressão policial contra ativistas climáticos", exigindo uma "investigação completa e imparcial" sobre os incidentes.
REUTERS/Lisi Niesner
"Nas últimas semanas, testemunhámos perplexos uma série de incidentes perturbadores que envolvem detenções arbitrárias, repressão policial dentro de universidades e até mesmo violência física contra ativistas climáticos que têm exercido o seu direito fundamental de manifestação não violenta, consagrado na Constituição Portuguesa", escrevem os autores da carta, hoje tornada pública.
Dirigida ao Presidente da República e aos deputados portugueses, os subscritores exigem que "tais abusos da autoridade sejam interrompidos imediatamente" e consideram "urgente uma investigação completa e imparcial sobre os incidentes de repressão policial e violência contra ativistas climáticos".
Os autores denunciam a "crescente repressão policial, com relatos de detenções prolongadas, táticas intimidatórias e uso excessivo de força".
E alertam que isto "não coloca apenas em risco a integridade física e emocional dos e das ativistas, como também representa uma ameaça à própria essência da democracia, da liberdade de expressão e do direito à manifestação".
Na carta, os subscritores recordam que as ações são não violentas e estão "orientadas para a ação coletiva, com a finalidade de enfrentar a crise climática".
"A nossa sociedade precisa de espaço para o diálogo e para a construção coletiva de soluções, algo que estes ativistas têm tentado criar, mas têm sido sistemática e incompreensivelmente ignorados", lê-se na carta.
As associações lembram que, quase 50 anos depois do 25 de Abril, não se pode tolerar "repressão e violência policial".
"Como defensores dos direitos humanos, da justiça social, climática e ambiental, instamos as autoridades a respeitarem e protegerem os direitos fundamentais de todos os cidadãos, incluindo o direito à liberdade de expressão, de reunião pacífica e de participação ativa na construção de um futuro digno", refere a carta.
O documento hoje divulgado é subscrito por 16 ONG, entre as quais a Climáximo, o CIDAC (Centro de Intervenção Para o Desenvolvimento Amílcar Cabral), a MUBI (Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta), o SOS Racismo ou a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta).
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.