Damos voz a um grupo de mulheres que denuncia as situações de assédio de que foi alvo e pedimos às leitoras que partilhem connosco a sua história. Para denunciar comportamentos inaceitáveis e impedir que as nossas filhas passem pelo mesmo.
A esmagadora maioria das mulheres com quem as jornalistas Lucília Galha e Vanda Marques falaram ao longo da última semana sobre as situações de assédio de que foram alvo recusou fazê-lo por receio. De serem prejudicadas, julgadas, criticadas. De se tornarem alvo de comentários que as fariam arrepender-se de dar o seu testemunho. Algumas começaram até por aceitar contar a sua história, mas após alguma reflexão – ou consultarem a família – voltaram atrás e cancelaram a sessão fotográfica agendada por receio das consequências. O País é pequeno – e o risco que se corre demasiado grande.
Duas Capas SÁBADO - Edição 887SÁBADO
Esse será um dos motivos por que o movimento Me Too tarda a chegar a Portugal na mesma dimensão de outros países. É também por isso que os casos de figuras públicas – como Sofia Arruda, na SIC, ou Carolina Deslandes, na última edição daSÁBADO– que assumiram publicamente ter sido alvo de assédio são raros e louváveis. Pela coragem e pelo que representam.
Todavia, a denúncia de casos isolados não é suficiente. O que aSÁBADOtentou fazer nesta edição foi dar a dezenas de mulheres a possibilidade de quebrar o silêncio no conforto de um grupo. E o que pedimos agora às nossas leitoras é que se juntem às corajosas mulheres que aceitaram dar o seu testemunho nas páginas da revista que tem em mãos e nos envie a sua própria história acompanhada de uma fotografia como as que publicamos. Pode fazê-lo através do email investigacao@sabado.cofina.pt ou das redes sociais daSÁBADO. Porque só através da denúncia podemos mudar comportamentos inaceitáveis – e impedir que as nossas filhas passem pelo mesmo.
Uma trufa no lixo
Para assinalar o dia da mãe, os jornalistas Filipa Teixeira e Markus Almeida desafiaram cincochefsa preparar uma refeição para as respetivas progenitoras. Mas para além de partilharem histórias sobre os seus filhos, elas também quiseram participar na confeção. No caso de Ricardo Costa, chef do restaurante do hotel Yeatman, no Porto, que tem duas estrelas Michelin, o prato escolhido foi uma chanfana de rabo de boi em forno a lenha, que tinha um ingrediente secreto. E quando chegou a hora de o colocar, o chef não o encontrava. "Mãezinha, não havia uma coisa em cima do balcão?", perguntou-lhe. O olhar de Júlia Silva para o lixo denunciou-a. "Oh, mãe, isto é uma trufa!", disse Ricardo Costa enquanto a retirava. Já ela, soltou um "eu sabia lá", meio a rir.
Em 88 histórias (tantas quantos os anos de vida), traçamos o retrato de Francisco Pinto Balsemão. E ainda: violência e assédio sexual; pessoas que sofrem com a Covid longa.
Já ninguém esconde os liftings e o botox, a procura pelo rosto perfeito nunca foi tão voraz. Conheça ainda o passado de Sócrates e os candidatos ao Benfica.
Os novos desenvolvimentos no caso Spinumviva e o apertar do cerca a Luís Montenegro. E ainda: a campanha para as Autárquicas em Lisboa; Rabo de Peixe: o documentário e a ameaça das drogas sintéticas.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Importa que o Governo dê agora um sinal claro, concreto e visível, de que avançará rapidamente com um modelo de assessoria sólido, estável e devidamente dimensionado, para todos os tribunais portugueses, em ambas as jurisdições.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.