Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
21 de abril de 2021 às 18:00

Bastidores: O fenómeno musical

Fazemos um retrato íntimo da cantora e jurada do The Voice Kids, Carolina Deslandes. Recuperámos o velho cartaz de José Sócrates em tamanho real e voltámos a levá-lo para a rua. E abordamos uma realidade que muitos pais desconhecem: o burnout parental

Numa década, Carolina Deslandes tornou-se uma das mais influentes artistas portuguesas. Pela criatividade, espontaneidade, capacidade de trabalho e, claro, pelo talento. Mas é ao ler a reportagem da jornalista Catarina Moura que se percebe as dificuldades por que passou para aqui chegar. Ao longo do dia passado com a repórter daSÁBADO, ainda antes da final do Festival da Canção, Carolina Deslandes contou como, quando estava grávida do segundo filho, pararam de lhe marcar concertos e como lhe disseram, na agência em que estava inscrita, que trabalhavam com "artistas e não com parideiras". Hoje, pode olhar para trás e ter a noção de que é possível ser artista e mãe ao mesmo tempo. E se a carreira musical segue de vento em popa, o papel de jurada noThe Voice Kidstornou-a na nova estrela do País. O percurso, as polémicas e a vontade de ser uma cantora de causas.

Falar para o boneco

Em agosto de 2010 a repórter Sara Capelo andou a passear com um cartaz de José Sócrates em tamanho real para avaliar o que os portugueses gostariam de dizer ao então primeiro-ministro. Onze anos e uma Operação Marquês depois, coube ao jornalista Diogo Barreto agarrar no velho e desbotado cartaz de José Sócrates - que acompanhou a redação nas várias mudanças de instalações - e ir perceber o que os populares tinham a dizer ao "animal feroz". Na Ericeira, por exemplo, habituados à presença de Sócrates, todos elogiaram a boa educação do ex-primeiro ministro. Mas contaram também que é comum vê-lo a andar de um lado para o outro a falar ao telemóvel e a esbracejar irritado e que após a decisão de Ivo Rosa houve quem lhe gritasse impropérios, do outro lado da rua - neste caso, era mais seguro falar para o boneco.

Pais esgotados

Ao preparar o artigo sobreburnoutparental, a jornalista Lucília Galha percebeu que muitos pais nem sequer sabiam que o esgotamento físico podia estar relacionado com os filhos e as tarefas parentais e não com o trabalho. Nos cinco casos que entrevistou - quatro mães e um pai - a repórter daSÁBADOouviu desabafos difíceis de imaginar. E numa das conversas uma das mulheres acabou a tratá-la por doutora - está a ser acompanhada por uma psicóloga e por momentos esqueceu-se que estava a falar com uma jornalista.

Boa semana

Artigos Relacionados
Mais crónicas do autor
19 de agosto de 2025 às 23:00

D. Manuel I e a carta do achamento

Recordamos a vida e os feitos do Rei, em cujo reinado se chegou à Índia e ao Brasil. E ainda: o diálogo Chega-PSD e as histórias das pessoas que têm hobbies extremos.

12 de agosto de 2025 às 23:00

Comer bem e fugir ao açúcar

No tema de capa desta semana, quatro nutricionistas dão conselhos sobre boa alimentação e como fugir ao açúcar. E ainda: uma caminhada com Diogo Morgado e uma entrevista sui generis feito ao jogador Tiago Tomás.

05 de agosto de 2025 às 23:00

Férias no Alentejo

Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.

29 de julho de 2025 às 23:00

Descobrir o outro Algarve

Praias com poucos banhistas e os melhores petiscos do Algarve. E ainda uma viagem ao tempo em que acabaram as barracas em Lisboa.

22 de julho de 2025 às 23:00

A dramática fuga dos portugueses de Angola

Corriam risco de vida, mas arriscaram tudo para fugir de Angola. Conheça as dificuldades que as grávidas enfrentam no SNS e ainda a vida do selecionador de ciclismo

Mostrar mais crónicas
Tópicos Bastidores 886

Gaza e a erosão do Direito Internacional

Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.

Por nossas mãos

Floresta: o estado de negação

Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.