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Xi Jinping defende que Faixa de Gaza fique sob controlo palestiniano

Presidente da China considera que a questão palestiniana “afeta a equidade e a justiça internacionais”.

O Presidente chinês pediu que a reconstrução da Faixa de Gaza seja realizada sob o princípio “palestinianos governam a Palestina” e exortou a comunidade internacional a promover um “cessar-fogo abrangente e duradouro”.

Xi Jinping
Xi Jinping Justin Chan/AP

Xi Jinping afirmou que a questão palestiniana “afeta a equidade e a justiça internacionais” e constitui “um teste à eficácia do sistema de governação global”, referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Numa mensagem enviada para uma reunião da ONU, na terça-feira, o líder chinês defendeu que a comunidade internacional deve “assumir responsabilidades, corrigir injustiças históricas e defender a justiça”.

Por ocasião do Dia internacional de solidariedade com o povo palestiniano, Xi sublinhou que qualquer estrutura pós-guerra deve respeitar “a vontade do povo palestiniano” e ter em conta as preocupações legítimas dos países da região.

O líder chinês insistiu que os esforços devem “ancorar-se na solução de dois Estados”, para alcançar um acordo político “abrangente, justo e duradouro”.

O Presidente chinês referiu que a prioridade imediata é melhorar a situação humanitária e aliviar o sofrimento dos civis em Gaza, e reiterou que Pequim, enquanto membro permanente do Conselho de Segurança, “continuará a apoiar a causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos nacionais legítimos”.

A mensagem surge poucos dias depois de o Conselho de Segurança ter aprovado uma resolução, baseada em um plano do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estabelece uma força de segurança internacional para Gaza até 2027.

A China absteve-se na votação, afirmando que o texto "é vago" em aspetos fundamentais e não reflete suficientemente a soberania palestiniana, críticas também partilhadas pela Rússia.

Pequim tem insistido, nas últimas semanas, que qualquer acordo pós-guerra deve evitar fórmulas de tutela externa e ser reforçado por um processo político que dê protagonismo aos palestinianos.

O porta-voz chinês Fu Cong advertiu no Conselho de Segurança que, na abordagem aprovada, “a Palestina é pouco visível” e os mecanismos de governação propostos carecem de clareza.

O conflito continua ativo, apesar do cessar-fogo declarado há mais de um mês. De acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza divulgados esta semana, mais de 350 palestinianos foram mortos desde então por fogo israelita.

Israel afirma ter atuado em resposta a incursões de militantes que atravessaram a chamada 'linha amarela', a área do enclave palestiniano para onde o exército israelita se retirou no início da trégua.

Paralelamente, as organizações israelitas de defesa dos direitos humanos denunciaram uma grave deterioração das condições dos prisioneiros palestinianos.

Ao mesmo tempo, avolumam-se as disputas internas entre o Governo e o exército israelitas sobre a gestão da guerra e as investigações sobre as falhas anteriores ao ataque do movimento islamita palestiniano Hamas de 07 de outubro de 2023.

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