Os monarcas britânicos não vão passar pelo Vaticano durante a sua viagem oficial à Itália onde se vão reunir com o presidente e a primeira-ministra. Francisco teve alta hospitalar no domingo mas enfrenta dois meses de convalescença.
O rei Carlos III e a rainha Camila adiaram a sua visita ao Vaticano, depois dos médicos terem dito que o Papa precisava de descansar na sequência do seu internamento recente devido a uma pneumonia em ambos os pulmões.
A visita ao Vaticano foi adiada por "acordo mútuo", segundo um comunicado divulgado pelo Palácio de Buckingham, a residência oficial do rei britânico, na terça-feira. "As suas Majestades enviam ao Papa os melhores desejos para a sua convalescença e esperam poder visitá-lo na Santa Sé, assim que estiver recuperado", afirmou o palácio.
A viagem dos monarcas a Itália irá acontecer em abril e foi planeada para apoiar as relações entre o Reino Unido e a Itália, refletindo os "valores, história e cultura" partilhados por ambas as nações. O rei deverá encontrar-se com o presidente e a primeira-ministra italianos, Sergio Mattarella e Giorgia Meloni, respetivamente, e tornar-se-á o primeiro monarca do Reino Unido a dirigir-se às duas câmaras do parlamento italiano.
A visita ao Vaticano pretendia assinalar a construção de laços simbólicos entre a Igreja Católica Romana e a Igreja de Inglaterra, da qual Carlos é o Governador Supremo, e foi considerada uma "visita histórica" durante o ano do Jubileu Papal.
O Papa Francisco, de 88 anos, teve alta no domingo do hospital Gemelli em Roma, depois de ter sido internado por dificuldades respiratórias em fevereiro. Pouco depois de ter dado entrada no hospital, foi-lhe diagnosticada uma pneumonia em ambos os pulmões e no final desse mês o Vaticano avisou que o pontífice se encontrava em estado "crítico" depois de ter desenvolvido problemas respiratórios e renais. Acabou por ultrapassar estes momentos e depois de cinco semana internado, regressou à sua residência onde continuará a ser acompanhado.
Durante o internamento, os católicos reuniram-se junto ao hospital e rezaram pela saúde do Papa, que, após 38 dias de internamento, fez a sua primeira aparição pública e falou aos fiéis.
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