Pedido surge depois de os Estados Unidos terem intercetado o navio petroleiro Skipper, devido às suas ligações anteriores com o contrabando de petróleo iraniano.
A vice-presidente executiva e ministra dos Hidrocarbonetos da Venezuela, Delcy Rodríguez, exortou este sábado os trabalhadores a redobrarem a vigilância nas instalações petrolíferas do país e a permanecerem em alerta contra qualquer tentativa de sabotagem.
Delcy Rodríguez pede mais vigilância nas instalações petrolíferas da VenezuelaFoto AP/Ricardo Mazalan, Arquivo
Numa publicação no Telegram, Delcy Rodríguez disse que a atenção deve estar concentrada na segurança física das instalações e na "proteção cibernética das operações", devido à presença de um destacamento militar norte-americano no Caribe, sob o argumento de combater o narcotráfico, que Caracas considera uma ameaça.
Citada pela agência EFE, Delcy Rodríguez disse que o objetivo é manter "a firmeza e disposição em defesa da paz, tranquilidade, integridade territorial e recursos energéticos do país".
A responsável pediu também para estarem atentos a qualquer tentativa de "sabotagem ou guerra digital, bem como à proteção da indústria em todos os seus âmbitos".
A vice-presidente venezuelana reiterou que a apreensão de um navio petroleiro pelos Estados Unidos em águas próximas da Venezuela, que classificou como assalto, constitui um ato "ilícito e violador" das convenções internacionais que só pode "gerar indignação e vergonha perante o mundo".
Na terça-feira, os Estados Unidos intercetaram o navio petroleiro Skipper, que navegava com bandeira falsa, ao largo da costa da Venezuela, numa operação conjunta do Departamento de Guerra com a Guarda Costeira dos Estados Unidos.
O navio foi apreendido por ordem de um juiz norte-americano devido às suas ligações anteriores com o contrabando de petróleo iraniano, sancionado por Washington, mas que, nesta ocasião, transportava 1,9 milhões de barris de petróleo bruto da estatal PDVSA, segundo informou o Governo venezuelano, que não especificou o país de destino.
O governo da Venezuela classificou, na quarta-feira, a apreensão como um "roubo descarado" e o presidente do país, Nicolás Maduro, denunciou que os tripulantes do navio estão "desaparecidos".
Por seu lado, a Casa Branca indicou que o Skipper está sujeito a "um processo de apreensão" e será transferido para um porto norte-americano para proceder à apreensão da sua carga.
Este facto marca um novo episódio da crescente escalada de tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos, país que mantém desde agosto um destacamento aeronaval no Caribe que, segundo afirma, se destina a combater o narcotráfico, mas que Caracas interpreta como uma tentativa de promover uma "mudança de regime".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta semana que "em breve" poderão começar ataques terrestres em território venezuelano.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
São cada vez mais escassas as expectativas de progressão profissional com aumento de rendimentos e melhores condições de trabalho nas presentes condições do mercado laboral.
Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.
Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.