Anúncio foi feito pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que garante que o objetivo é evitar os ataques de Moscovo através da fronteira.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou no domingo (18) que a incursão militar na região russa de Kursk visa criar uma "zona tampão" para evitar novos ataques por parte de Moscovo, através da fronteira. O anúncio foi feito através de um discurso noturno, citado pela agência de notícias Associated Press.
REUTERS/Thomas Peter
"A nossa principal tarefa nas operações defensivas é agora: destruir o máximo possível do potencial bélico russo e conduzir o máximo de ações contraofensivas. Isto inclui a criação de uma zona tampão no território do agressor - a nossa operação na região de Kursk", confirmou Volodymyr Zelensky.
Esta foi a primeira vez que o presidente ucraniano indicou claramente qual o objetivo da operação surpresa lançada a 6 de agosto, em Kursk. Apesar de Kiev ter dado anteriormente algumas pistas sobre o propósito desta incursão, ainda não era claro qual o plano da Ucrânia com este ataque, considerado o maior desde a Segunda Guerra Mundial. Zelensky havia afirmado apenas que não queria ocupar a região de Kursk, mas sim proteger as comunidades da região fronteiriça de Summy, na Ucrânia, contra os constantes bombardeamentos russos.
As forças ucranianas entraram de surpresa em Kursk na manhã de 6 de agosto, e ao apanhar os russos desprevenidos, bombardearam a região e realizaram ataques com drones. Deste então que se tem registado uma ofensiva em grande escala por parte do exército ucraniano.
No fim de semana a Ucrânia destruiu uma ponte importante na região e atingiu uma segunda nas proximidades, tendo limitado assim a capacidade de abastecimento russo, segundo algumas autoridades ucranianas citadas pelas diferentes agências de notícias.
Na manhã de domingo as autoridades ainda não haviam informado a localização exata do segundo ataque à ponte. Contudo, canais russos no Telegram afirmavam que a ponte destruída se localizava sobre o rio Sein, na aldeia de Zvannoe.
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A 9 de agosto as forças ucranianas atingiram também uma base aérea militar, na região russa de Lipetsk, a 300 quilómetros da fronteira com a Ucrânia. "A infraestrutura energética foi danificada", levando a cortes de energia, escreveu o governador regional, Igor Artamonov, na plataforma de mensagens Telegram.
Diversos ataques ucranianos têm ocorrido à medida que os militares avançam na Rússia. Na semana passada, as forças ucranianas já haviam avançado 1.000 quilómetros quadrados em Kursk, informou o General ucraniano, Oleksandr Syrskyi.
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