As autoridades locais não especificaram se o incêndio se deveu ou não a um ataque ucraniano.
Uma base aérea militar incendiou-se esta sexta-feira na região russa de Lipetsk, a 300 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, numa zona atingida durante a madrugada por ataques de drones ucranianos.
MIC Izvestia / IZ.RU via REUTERS
"Ocorreu um incêndio num aeródromo militar na região de Lipetsk", avançou o Ministério da Gestão de Emergências regional, citado pelas agências de notícias oficiais russas Tass e Ria Novosti.
As autoridades locais não especificaram se o incêndio se deveu ou não a um ataque ucraniano.
O governador regional admitiu, no entanto, que um ataque ucraniano com recurso a drones danificou esta madrugada uma central elétrica na região de Lipetsk. "Lipetsk é alvo de um ataque maciço de drones", escreveu Igor Artamonov na plataforma de mensagens Telegram.
"A infraestrutura energética foi danificada", levando a cortes de energia, acrescentou Artamonov mais tarde, numa outra mensagem, especificando que o fornecimento de eletricidade foi posteriormente restaurado na maioria das zonas afetadas.
O governador declarou o estado de emergência no município de Lipetsk e ordenou a evacuação de quatro aldeias vizinhas "para garantir a segurança dos residentes", uma medida que afeta 416 famílias. Artamonov pediu ainda aos residentes de Lipetsk que ficassem em casa até ser levantado o alerta.
Outro ataque de drones ucranianos foi relatado na região de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia. De acordo com o governador regional Vyacheslav Gladkov, as defesas aéreas russas abateram 29 drones e o ataque causou danos materiais, mas não fez feridos.
Também na cidade de Sebastopol, na península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, o governador Mikhail Razvojaïev anunciou ataques de drones aéreos e marítimos.
A região de Kursk, vizinha do município de Lipetsk e que faz fronteira com a Ucrânia, enfrenta desde terça-feira uma incursão armada ucraniana. Mais de mil soldados ucranianos e dezenas de veículos blindados estão envolvidos no ataque, lançado de surpresa, avançou o Estado-Maior russo, que disse estar a fazer tudo para os repelir.
O analista militar Oleksandr Kovalenko disse à agência de notícias EFE na quinta-feira que as forças atacantes conseguiram controlar 400 quilómetros quadrados de território russo, quase metade da extensão tomada na Ucrânia no início de 2024 em intensos combates por forças russas numericamente muito superiores.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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