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Ucrânia: Delegação de Kiev nos EUA para conversações sobre defesa e economia

Lusa 03 de junho de 2025 às 10:54
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha anunciado na segunda-feira que uma delegação ucraniana iria aos Estados Unidos discutir um projeto de acordo de defesa e de um acordo de comércio livre.

Uma delegação da Ucrânia chefiada pela vice-primeira-ministra e ministra da Economia, Yulia Svyrydenko, chegou aos Estados Unidos para conversações sobre defesa e economia, anunciou hoje a presidência ucraniana.

Henry Nicholls/ AP

A delegação vai manter reuniões em Washington sobre o apoio à defesa, o Fundo de Investimento para a Reconstrução e o reforço das sanções contra a Rússia, disse o chefe do gabinete da presidência, Andriy Yermak.

"Iremos promover ativamente questões importantes para a Ucrânia. A nossa agenda é bastante abrangente", afirmou Yermak, que integra a delegação, citado pela agência de notícias oficial Ukrinform.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha anunciado na segunda-feira que uma delegação ucraniana iria aos Estados Unidos discutir um projeto de acordo de defesa e de um acordo de comércio livre.

Yermak disse que a delegação chefiada pela vice-primeira-ministra integra elementos dos ministérios da Economia e da Defesa, e do gabinete do Presidente.

A delegação vai ter encontros com representantes dos partidos Republicano e Democrata que apoiam a Ucrânia e com a equipa do Presidente Donald Trump, anunciou Yermak numa mensagem nas redes sociais.

Segundo Yermak, será discutida igualmente a questão do regresso das crianças ucranianas deportadas pela Rússia e o apoio ao processo, bem como "a propaganda russa" sobre questões religiosas.

"Falaremos sobre os resultados das reuniões em Istambul, bem como sobre a forma como a Rússia está a empatar o tempo com um cessar-fogo e negociações em nome da guerra. A verdade é nossa", acrescentou, citado pela Ukrinform.

Delegações dos dois países reuniram-se na segunda-feira na cidade turca de Istambul e decidiram proceder a mais uma nova troca de prisioneiros, tal como na reunião anterior, em 16 de maio.

A Rússia entregou à Ucrânia as condições para uma trégua de 30 dias, que inclui o recuo das forças ucranianas nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, que Moscovo declarou como anexadas em setembro de 2022.

Propôs também um cessar-fogo de dois a três dias em certas zonas para recolha de corpos.

As conversações resultam da mediação dos Estados Unidos e da Turquia para tentar pôr fim à guerra desencadeada pela Rússia quando invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

A Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território da Ucrânia.

A guerra já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares de ambos os lados.

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