Autoridades já decretaram três dias de luto. Mais de 400 pessoas terão de ser realojadas.
O número de mortos no ataque com um míssil russo que atingiu um edifício residencial de nove andares em Dnipro, leste da Ucrânia, aumentou para 21, com outras 73 pessoas feridas, e 35 desaparecidos, informaram este domingo as autoridades ucranianas.
REUTERS/Clodagh Kilcoyne
"Há 21 mortos, incluindo uma criança", escreveu o presidente do conselho regional da região de Dnipropetrovsk, Mykola Lukashuk, numa mensagem na rede social Telegram, citada pela agência noticiosa ucraniana Ukrinform.
De acordo com o relato do governante, 73 pessoas ficaram feridas, incluindo 14 crianças, e 38 pessoas foram resgatadas, incluindo seis menores. Mykola Lukashuk informou, ainda, que 35 estão desaparecidos.
Numa mensagem anterior, o presidente do conselho regional da região de Dnipropetrovsk lembrou que o impacto do míssil destruiu 72 apartamentos e deixou mais de 230 danificados.
De acordo com a mesma fonte, foram destruídas 3.450 toneladas de estruturas e ficaram danificados 39 veículos.
As autoridades ucranianas admitem que os moradores dos 236 apartamentos, o que corresponde a mais de 400 pessoas, terão de ser realojados.
No ataque russo que ocorreu sábado à tarde, o prédio foi atingido por um míssil Kh-22, projetado para destruir grupos de porta-aviões no mar.
Foram declarados pela autoridades da cidade de Dnipro três dias de luto.
Na última madrugada, o Estado-Maior do Exército ucraniano referiu que a Rússia "realizou três ataques aéreos e cerca de 50 ataques com mísseis durante o dia" de sábado.
"Além disso, os ocupantes lançaram 50 ataques com vários lançadores de foguetes", acrescentou.
O ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko, anunciou também no sábado, na rede social Facebook, que foram ordenados cortes de eletricidade na maioria das regiões do país, na sequência dos ataques russos.
Os ataques russos foram realizados pouco depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ter telefonado ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para lhe anunciar que o Reino Unido será a primeira potência ocidental a enviar tanques de primeira linha para Kiev.
Isto apesar dos receios, no seio da NATO, de que esta decisão possa ser considerada pela Rússia como uma escalada da guerra.
A ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e sanções políticas e económicas a Moscovo.
A invasão russa causou, até agora, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
As Nações Unidas consideram confirmados 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
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