Autoridades ucranianas avisam ainda a população para o perigo de químicos e para a propagação de doenças causado pela destruição da barragem de Kakhovka.
No dia a seguir ao ataque que levou ao colapso da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, o primeiro-ministro Oleksandr Kubrakov esteve junto das áreas afetadas e alertou para o risco de minas aparecerem a flutuar nas terras inundadas e do risco para a saúde das populações. Além de ter considerado este "um dos ataques terroristas mais assustadores desta guerra".
REUTERS/Alina Smutko
Porém, a autoridade do ataque ainda não é certa. Kiev e Moscovo acusam-se mutuamente ainda sem confirmações independentes.
Os alertas do governante foram feitos durante uma visita à cidade de Kherson, junto ao rio Dnipro. Oleksandr Kubrakov referiu ainda que foram afetadas por este desastre 80 áreas populacionais.
Embora a Rússia negue ter rebentado a barragem, Moscovo esteve envolvida na campanha de ataques aéreos contra sistemas de energia ucranianos e, segundo Kiev, danificou infraestruturas de outras barragens. O primeiro-ministro ucraniano culpa a Rússia pelo ataque em Kakhovka, acrescentando que "fizeram isto para libertar as tropas nesta direção ao inundar este pedaço da linha de frente".
Já a Rússia diz que a Ucrânia sabotou a própria barragem para desviar a atenção da nova contra-ofensiva que estava "tremida".
O governador regional Oleksandr Prokudin referiu que a água atingiu uma profundidade de 5,34 metros em alguns locais de Kherson. Esperando que o pico seja atingido esta quarta-feira já que o aumento da subida das águas desacelerou.
Quanto ao armamento que estava neste território, o primeiro-ministro alertou que "a água está a afetar as minas que aqui tinham sido colocadas, causando sua explosão". A somar a este problema, as inundações estão a fazer com que doenças infecciosas e produtos químicos estejam a entrar em contacto com a água, apontou o governante.
As autoridades ucranianas retiraram pessoas de 24 povoações inundadas e pelo menos 20 povoações estão submersas em territórios ocupados pelas forças russas. Kherson está sobre domínio russo desde novembro do ano passado.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.