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Trump rejeita entregar mísseis de longo alcance à Ucrânia

Lusa 15 de julho de 2025 às 22:50
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O presidente dos EUA anunciou na segunda-feira um acordo para o envio de armamento à Ucrânia, incluindo as baterias antimísseis Patriot.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou esta terça-feira entregar mísseis de longo alcance à Ucrânia com capacidade de atacar cidades russas.

AP Photo/Evan Vucci

"Não, não estamos a pensar fazer isso", respondeu o presidente republicano, questionado pela imprensa na Casa Branca sobre a possibilidade de entregar às forças ucranianas mísseis de longo alcance.

Trump anunciou na segunda-feira um acordo para oenvio de armamento à Ucrânia, incluindo as baterias antimísseis Patriot solicitadas pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que serão pagas pelos aliados europeus, e não pelos Estados Unidos.

Também indicou que o acordo "inclui mísseis e munições", o que sugere poder tratar-se de armamento ofensivo, e não exclusivamente defensivo.

De acordo com a imprensa norte-americana, está em discussão o fornecimento de mísseis de cruzeiro de longo alcance Tomahawk.

Os meios de comunicação social britânicos noticiaram hoje que Trump perguntou a Zelensky, numa conversa no dia 04 de julho, se podia atacar Moscovo e São Petersburgo, tendo o líder ucraniano respondido afirmativamente, se lhe forem fornecidas armas de longo alcance.

OFinancial Timessublinhou que esta questão foi colocada para encorajar o lado ucraniano a intensificar os ataques à Rússia e forçar o Kremlin a sentar-se à mesa das negociações para chegar a uma solução para o conflito iniciado em fevereiro de 2022.

Segundo a versão da Casa Branca, Trump apenas "fez uma pergunta" durante uma conversa e mais tarde o próprio Presidente ucraniano rejeitou apoiar tais ataques.

"Não, não deve", disse Trump quando questionado pelos jornalistas se Zelensky deveria visar a capital russa com mísseis, acrescentando que, para impedir esse cenário, Washington não forneceria armas de longo alcance a Kiev.

Também o Kremlin (presidência russa) classificou como "mentira" as declarações do Presidente norte-americano dirigidas ao homólogo ucraniano para bombardear Moscovo e São Petersburgo.

"Esta retórica não é nova. Geralmente, acaba por ser mentira", comentou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, na conferência de imprensa diária por telefone, numa referência às informações do Financial Times.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, argumentou que Trump deve estar "sob enorme pressão" da União Europeia e da NATO, numa alusão ao ultimato de 50 dias que o republicano deu à Rússia chegar a um acordo com a Ucrânia.

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