Argumento surgiu durante um discurso para um público maioritariamente judeu. Entre as declarações referiu ainda que quem votar na sua rival, Kamala Harris, deveria "fazer exames à cabeça".
O antigo presidente dos EUA e atual candidato ao cargo, Donald Trump, disse na quinta-feira que "o povo judeu teria muito a ver com" a sua derrota eleitoral, caso a sua opositora, Kamala Harris, saia vencedora da votação de 5 de novembro. A afirmação desencadeou, assim, na sexta-feira, um misto de indignação e preocupação entre os líderes judeus.
REUTERS/Piroschka van de Wouw
"Com tudo o que fiz por Israel recebi apenas 24% dos votos dos judeus", em 2020. "Não vou chamar isso de previsão, mas na minha opinião, o povo judeu teria muito a ver com a perda se eu tivesse 40%" dos votos.
A frase foi dita durante um discurso que aconteceu em Washington, nos EUA, e onde o seu público era maioritariamente judeu. Mais tarde, já na cimeira anual do Conselho Israelita-Americano, dedicada ao combate do anti-semitismo na América, o argumento voltou a ser repetido.
Durante o seu primeiro discurso, o líder republicano garantiu que Israel deixaria de existir dentro de dois ou três anos se Kamala Harris vencesse as eleições e acrescentou ainda que os judeus norte-americanos que votem na rival democrata deveriam "fazer exames à cabeça".
"Se não ganharmos esta eleição, Israel, na minha opinião, dentro de um período de 2 ou 3 anos deixará de existir", disse Donald Trump à multidão.
O republiano informou também, com base num estudo, que Kamala Harris tem atualmente 60% dos votos dos judeus americanos. Contudo, não ficou claro qual o estudo que o ex-presidente estaria a citar. Segundo, refere a agência de notícias Reuters, a pesquisa mais recente da Pew Research descobriu que os judeus americanos favorecem mais Kamala Harris (65%) do que Donald Trump (34%).
O Comité Judaico Americano, entretanto, já veio criticar as afirmações de Trump relativas à atribuição de culpa dos judeus, e disse que esta comunidade representa apenas uma pequena fração da população americana.
"Fazer com que alguém diga que ‘perdemos por causa dos judeus’ é ultrajante e perigoso. Milhares de anos de história mostraram que usar os judeus como bodes expiatórios pode levar ao ódio e à violência anti-semita", disse o grupo citado pela Reuters.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.