Um evento de apoio à candidata democrata juntou Julia Roberts, Meryl Streep, Chris Rock e Ben Stiller. Foram abordados temas como a lei do aborto, o porte de armas e a violência nas escolas.
Oprah Winfrey organizou um evento de apoio à campanha de Kamala Harris, convidando a candidata a presidente dos Estados Unidos para uma conversa. Atores e comediantes também se juntaram e a conversa incluiu temas como o aborto e os tiroteios em escolas.
A apresentadora norte-americana foi a anfitriã. Com transmissão online, a audiência ouviu ainda mensagens das atrizes Julia Roberts e Meryl Streep e dos comediantes Chris Rock e Ben Stiller.
O evento Unite for America foi organizado por Winfrey em conjunto com o grupo ativista Win with Black Women, com o objetivo de incentivar ao registo para o voto, nas eleições de 5 de novembro, sobretudo das mulheres negras e em estados decisivos como a Pensilvânia, a Geórgia e o Michigan.
Na conversa, ao estilo dos programas televisivos de Oprah, a apresentadora falou sobre a rapidez com que Kamala decidiu avançar para a corrida presidencial em substituição de Joe Biden. "Todos temos aqueles momentos nas nossas vidas em que é hora de dar um passo em frente", respondeu a candidata que era já apontada como possível substituta do atual presidente norte-americano na corrida.
Oprah questionou a declaração feita por Harris durante o debate com Trump no qual o antigo presidente afirmou que Harris ia "tirar as armas a todos os americanos", ao que Harris respondeu: "Não vou tirar as armas. Eu sou proprietária de uma arma". Em seguida, a candidata afirmou: "Se alguém entrar em minha casa, vai levar um tiro". "Provavelmente não deveria ter dito isso, mas a minha equipa trata disso mais tarde", acrescentou, rindo.
Trump é a favor de poucas restrições às armas e munições, enquanto Harris apoia a proibição de armas de assalto, verificações de antecedentes mais rigorosas para potenciais compradores de armas e uma lei que permita que pessoas que sejam consideradas potencialmente perigosas pelas autoridades possam ver as suas armas retiradas.
O evento teve vários momentos emotivos, sendo que um dos pontos altos se deu quando a mãe de Amber Nicole Thurman, uma jovem de 28 anos do estado da Geórgia que morreu na sequência de um atraso no tratamento hospitalar relacionado com as leis restritivas do aborto no estado, deu o seu testemunho. "Vocês estar a olhar para uma mãe que está destruída", afirmou. Em resposta, Harris elogiou a coragem de mulheres que estavam na situação da sua interlocutora.
Outro momento que comoveu a audiência foi quando a mãe de Natalie Griffith - jovem de 15 anos da Apalachee High School, na Geórgia, que foi baleada duas vezes enquanto estava nas aulas, há duas semanas - apelou ao fim dos tiroteios em escolas. "Temos uma função [enquanto pais]: proteger os nossos filhos."
Chris Rock afirmou que estava desejoso para "levar as filhas" à Casa Branca "conhecerem esta mulher negra presidente". Já Meryl Streep começou a sua intervenção saudando "a presidente Harris", antes de tapar a boca fingindo ter sido um lapso de língua.
Os responsáveis pela campanha de Harris informaram que quase 200 mil pessoas se inscreveram para assistir à transmissão ao vivo, e a audiência no YouTube era de quase 100 mil no final do evento. As contas do Instagram, Facebook, Tiktok e Twitch de Winfrey e Harris também transmitiram em direto. Dezenas de grupos de apoio, incluindo Latinas for Harris, White Dudes for Harris e Win With Black Men, juntaram-se a esta ação de campanha.
Numa sondagem recente da Reuters, Harris liderava Trump por 47% a 42%. A democrata estava à frente nos estados decisivos Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Nevada e Carolina do Norte, enquanto Trump tinha maior apoio na Geórgia, de acordo com as médias das sondagens do agregador FiveThirtyEight.
Para a ministra do Trabalho, o combate a quem se serve da generosidade da lei podia começar em casa.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
