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Trump deixa aviso a congressistas republicanos

Proposta de lei para substituir a reforma do acesso aos cuidados de saúde do ex-presidente Barack Obama é votada quinta-feira. E pode dividir o Partido Republicano

O presidente norte-americano e os seus assessores preveniram os congressistas republicanos que estão a pensar votar contra o projeto de lei de saúde sobre os riscos de o fazer, como serem castigados nas legislativas em 2018.

"Vai haver um preço a pagar (...) aos seus próprios votantes", avisou, durante o encontro diário com jornalistas, o assessor de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, os republicanos que não apoiam a proposta de lei para substituir a reforma do acesso aos cuidados de saúde do ex-Presidente, Barack Obama, conhecida como Obamacare.

A proposta, apoiada por Trump e pela direcção republicana da Câmara dos Representantes, vai ser votada esta quinta-feira por esta câmara. Spicer também se mostrou confiante que o projecto seja aprovado no próprio dia, exactamente quando se cumpre o sétimo aniversário da promulgação do Obamacare.

Na terça-feira, Trump deslocou-se ao Capitólio para se reunir, à porta fechada, com os congressistas republicanos da câmara baixa.  Antes, os jornalistas perguntaram-lhe se o projecto tinha o número de votos necessário para ser aprovado, a que respondeu afirmativamente.

Durante a reunião, Trump interpelou directamente Mark Meadows, líder do grupo Freedom Caucus, cujos eleitos consideram insuficientes as mudanças propostas, enquanto por outro lado, os republicanos mais moderados também se opõem, mas por receio de as alterações provocarem a perda de cobertura a milhões de norte-americanos.

Dos 241 republicanos na Câmara dos Representantes são precisos 2216 votos favoráveis para o projecto ser aprovado na quinta-feira. Meadows, depois da reunião com Trump, reiterou a sua oposição, tal como a dos 21 integrantes do Freedom Caucus.

A Agência do Congresso para o Orçamento (CBO, na sigla em inglês), uma estrutura não partidária, calculou que o plano republicano, sem mudanças, vai excluir 14 milhões em apenas um ano, número que sobe para 24 milhões em uma década.

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