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Tiroteio em Viena fez quatro mortos e 17 feridos. Atacante era simpatizante do Estado Islâmico

03 de novembro de 2020 às 07:21
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Um dos autores do tiroteio, que morreu numa troca de tiros com a polícia, era "um simpatizante" do Estado Islâmico, anunciou governo da Áustria, que não descarta a possibilidade de haver mais pessoas implicadas no crime.

Um dos autores do ataque, que fez quatro mortos e 17 feridos em Viena na segunda-feira, era "um simpatizante" do Estado Islâmico (EI), anunciou hoje o ministro do Interior austríaco.

"É uma pessoa radicalizada que se sentia próxima do EI", disse Karl Nehammer, em conferência de imprensa, referindo-se a um dos autores do tiroteio, que morreu numa troca de tiros com a polícia, enquanto um agente ficou gravemente ferido. Pelo menos um segundo atacante fugiu.

A polícia, que fez buscas na casa onde vivia o atacante abatido pelas forças de segurança, não descarta a possibilidade de haver mais pessoas implicadas no crime.

"Não podemos excluir que haja mais agressores", apontou o responsável da Polícia de Viena, Gerhard Pürstl, durante a conferência de imprensa.

Cinco pessoas morreram, incluindo um atacante, e 17 ficaram feridas, numa série de ataques com armas automáticas na noite de segunda-feira em Viena, segundo um novo balanço das autoridades austríacas.

"Infelizmente, uma nova vítima morreu no hospital. Isso eleva o número total de mortos para dois homens e duas mulheres", disse um porta-voz do ministério à agência de notícias AFP, somando-se ainda a morte de um agressor.

Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas no ataque, segundo a agência de notícias AP.

O ataque, o primeiro em Viena em 35 anos, começou com um tiroteio por volta das 20:00 de segunda-feira (19:00 em Lisboa) numa rua central onde fica a sinagoga principal de Viena, então fechada, próxima de uma área de bares muito frequentada.

"Estou feliz que os nossos polícias já tenham eliminado um dos autores. Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e lutaremos contra esses ataques com todos os meios", disse o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, que classificou os atos de "ataques terroristas nojentos".

Nassa altura, o chanceler disse que ainda não eram conhecidos motivos para os ataques, afirmando apenas que "um motivo antissemita" não podia ser descartado, "pelo lugar onde começou".

Depois do ataque inicial na rua onde fica a sinagoga, os atacantes deslocaram-se pelo centro da cidade, disparando sobre quem ocupava as esplanadas.

Centenas de pessoas refugiaram-se em bares e restaurantes, muito lotados devido a um novo confinamento que começa hoje, para prevenir a propagação da covid-19.

Na Ópera de Viena, ou em salas de concerto como o Konzerthaus ou o Musikverein, muito perto da cena, milhares de pessoas permaneceram no interior durante horas, até saírem sob escolta policial.

As autoridades montaram um enorme dispositivo de segurança para localizar pelo menos um terrorista que fugiu, com dezenas de agentes das forças especiais e especializadas em ações antiterroristas a participarem nos esforços de busca, que também inclui o controlo das fronteiras.

O Governo austríaco alertou que a situação de perigo ainda não passou, e pediu aos cidadãos para não saírem de casa, a não ser que seja estritamente necessário.

O último ataque em Viena ocorreu em 1985, quando o grupo palestiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade.

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