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Em Dixville Notch, os cinco eleitores votaram em Joe Biden

03 de novembro de 2020 às 08:01
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Aldeia com 12 habitantes no nordeste dos EUA tem a tradição de abrir os votos ao público. É a primeira vez desde 1960 que os eleitores de Dixville Notch votam unanimemente num candidato.

Os cinco eleitores de Dixville Notch, aldeia de 12 habitantes no nordeste dos Estados Unidos, lançaram simbolicamente a eleição presidencial à meia-noite (05:00 em Lisboa), votando por unanimidade no democrata Joe Biden.

A aldeia perdida nas florestas de New Hampshire, perto da fronteira com o Canadá, manteve uma tradição estabelecida desde 1960, que lhe valeu o título de "Primeira da Nação". Este é também precisamento o último ano em que um candidato foi unânime entre os eleitores de Dixville Notch, com Nixon a vencer a J.F. Keneddy na altura.

Além da aldeia vizinha de Millsfield, que também votou durante a noite, a maioria das assembleias de voto na costa leste será aberta às 06:00 ou às 07:00 (10:00 ou às 11:00 em Lisboa).

Uma terceira aldeia da região, que seguia a mesma tradição, cancelou inesperadamente a votação por causa da pandemia do novo coronavírus.

A votação durou apenas alguns minutos, assim como a contagem e o anúncio dos resultados: cinco votos para Biden, nenhum para o Presidente e recandidato republicano, Donald Trump.

Antes, Les Otten, "um eleitor republicano de longa data", tinha dito que votaria no democrata Joe Biden.

"Não concordo com ele em muitas coisas, mas acho que é hora de descobrir o que nos une, não o que nos divide", explicou numa mensagem publicada na rede social Twitter da aldeia.

As leis eleitorais desse pequeno estado do Nordeste permitem que municípios com menos de 100 habitantes abram as secções eleitorais à meia-noite e as encerrem assim que todas as pessoas inscritas nos cadernos eleitorais tenham cumprido o dever cívico.

Mas ser a primeira não faz de Dixville Notch um oráculo: em 2016, a candidata democrata Hillary Clinton derrotou Donald Trump, que acabou por vencer a corrida para a Casa Branca.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

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