Revelação surge quando o país se prepara para proibir o uso da app, detida por uma empresa chinesa, em equipamentos do governo.
Funcionários da empresa-mãe da app TikTok obtiveram ilegalmente os dados de utilizadores norte-americanos, incluindo de duas jornalistas. A conclusão é de uma investigação interna que surge numa altura em que os EUA se preparam para proibir o uso da app em aparelhos do governo federal, para evitar a partilha indevida de dados com a China.
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
De acordo com o jornal The New York Times, funcionários de uma equipa da empresa ByteDance quiseram encontrar as fontes que passaram informação sobre conversas internas e documentos a jornalistas. Então, acederam aos endereços IP e dados das duas jornalistas e de algumas pessoas a eles ligadas através das suas contas de TikTok. Contudo, não conseguiram encontrar essas fontes.
Os quatro funcionários envolvidos neste acesso indevido foram despedidos: dois trabalhavam nos Estados Unidos e os outros dois, na China. A ByteDance reestruturou a sua equipa de auditoria interna e risco, a que pertenciam os funcionários, e removeu o acesso do departamento a dados de norte-americanos.
Entretanto, mais de doze estados já baniram o TikTok dos aparelhos ligados ao governo, e a empresa está em negociações com a administração Biden para aplicar medidas de segurança e privacidade que impeçam o acesso aos dados pela China e pela ByteDance. Receiam que informações sobre a geolocalização, hábitos e interesses dos cidadãos norte-americanos podem estar disponíveis para o governo chinês.
As duas jornalistas afetadas foram Emily Baker-White e Cristina Criddle. A revista Forbes, que avançou com a história sobre o acesso indevido, garante que mais jornalistas foram afetados. Em resposta, a ByteDance diz não ter encontrado esses indícios mas indicou que vai rever os dados.
Para agradar aos EUA, a ByteDance passou os dados dos utilizadores norte-americanos para uma nuvem da empresa norte-americana Oracle.
Nos EUA, o TikTok conta com 130 milhões de utilizadores.
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