Além de Sanders, Buttigieg, Warren, Biden e Klobuchar, participaram também neste debate o empresário Andrew Yang e o multimilionário Tom Steyer.
Os sete pré-candidatos democratas à Casa Branca protagonizaram na sexta-feira um tenso debate, com constantes ataques cruzados no primeiro encontro, desde o início das eleições primárias do partido no Iowa. O debate começou com o ex-vice-Presidente norte-americano Joe Biden, até há poucos dias o favorito entre os candidatos democratas, a confessar "ter recebido um golpe no [estado do] Iowa, onde ficou em quarto lugar, atrás do senador Bernie Sanders, do ex-autarca Pete Buttigieg e da senadora Elizabeth Warren.
"Provavelmente, vou receber outro aqui", disse, numa referência às primárias da próxima terça-feira em New Hampshire, na costa leste dos Estados Unidos. Biden reconheceu esperar melhores resultados em estado mais diversos geograficamente, como Nevada e Carolina do Sul, onde decorrem as primárias depois de New Hampshire.
Logo a seguir a estas declarações, Biden e a senadora Amy Klobuchar passaram ao ataque, manifestando receio que o "socialismo democrático" de Sanders prejudique a unidade do Partido Democrata e entregue ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump a vitória nas presidenciais de novmebro próximo.
Também Buttigieg aproveitou a ocasião para acusar Sanders de ser marxista, mas o senador do Vermont escolheu falar do seu plano de saúde pública e universal, a sua principal proposta eleitoral. "A forma de unir as pessoas é representando a melhor agenda para a classe trabalhadora deste país, não para os multimilionários", disse Bernie Sanders.
Em seguida, foi Buttigieg, a surpresa dos 'caucus' do Iowa, que se transformou no alvo dos restantes candidados. "Ao contrário de algumas campanhas aqui - Pete - eu não tenho a contribuição de 40 bilionários", declarou Sanders. Por seu lado, Warren criticou a gestão como autarca de South Bend (Indiana), quando Buttigieg se defendeu do aumento de detenções por posse de marijuana de afroamericanos durante o seu mandato.
Questionada sobre se tinha ficado satisfeita com a resposta de Buttigieg, Warren disse: "Não. Tens que assumir os factos". Os moderadores do debate, que se realizou em Manchester, a maior cidade de New Hampshire, trouxeram Hillary Clinton, que Trump derrotou nas presidenciais de 2016, para o debate. Recentemente, Clinton afirmou que "ninguém gosta" de Sanders, comentário que mereceu um abraço de Biden ao senador, enquanto Klobouchar disse: "Eu gosto".
Já Buttigieg defendeu que a campanha de Biden não deve ser questionada pelas acusações republicanas contra o ex-vice-Presidente de Barack Obama e contra o filho Hunter Biden. "Aqui não se trata de Hunter Biden ou do vice-Presidente Biden ou de nenhum Biden. Aqui trata-se do abuso de poder que cometeu o Presidente. O vice-Presidente, eu e todos os outros estamos numa corrida, mas temos que definir um limite", afirmou.
Em foco, estiveram ainda a elevada taxa de natalidade entre recém-nascidos afroamericanos, um tema apresentado por Klobouchar, enquanto Warren falou do mortífero 'cocktail' de armas e violência machista no país. Nenhum candidato falou de imigração. Sanders espera repetir o êxito alcançado em New Hampshire en 2016, na primeira vitória conseguida nas primárias democratas, que acabou por perder para Clinton. Sanders conseguiu 60% dos votos, contra 38% para Clinton.
Além de Sanders, Buttigieg, Warren, Biden e Klobuchar, participaram também neste debate o empresário Andrew Yang e o multimilionário Tom Steyer. De fora, ficaram o ex-autarca de Nova Iorque Michael Bloomberg, a congressista Tulsi Gabbard, o ex-governador Deval Patrick e o senador Michael Bennet. A seguir à primária de New Hampshire, chega a chamada Super Terça-Feira (o dia em que 15 estados participam nas primárias), no dia 03 de março, e nenhum dos 11 candidatos que ainda se encontram em campanha quer ficar para trás nestas semanas decisivas.
Tensão marca primeiro debate democrata após início de primárias nos EUA
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