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Rússia começou a invasão à Ucrânia

Enquanto decorria o Conselho de Segurança da ONU, o presidente russo anunciou que autorizou o avanço de uma operação militar em Donbass.

Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, anunciou que a Rússia tinha começado uma invasão à Ucrânia. "Putin acaba de lançar uma invasão em grande escala da Ucrânia. Cidades pacíficas estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai defender-se e vencerá. O mundo pode e deve parar Putin. A hora de agir é agora", escreveu no Twitter.

Segundo o presidente russo, o objetivo desta "operação militar especial" é  a "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia. Mais uma referência às alegações, rejeitadas pelo ocidente, de que este país é gerido por neo-nazis. "Esta é a linha vermelha sobre a qual eu falei muitas vezes". E, continuou segundo cita o jornal Politico, "eles ultrapassaram-na."

Segundo o mesmo jornal, a declaração foi feita ma mesma sala do Kremlin onde, no dia 21, fez o seu discurso pré-guerra. E, nota o Politico, aparentava usar a mesma gravata vermelha desse dia. 

Putin disse ainda que esta é uma resposta ao pedido de ajuda feito pelos separatistas pro-russos, em regiões como Donbas, que estão a ser alvo de um "genocídio pelo regime de Kiev há oito anos". O jornal Politico refere que esta será "uma aparente referência" aos protestos a favor de Viktor Yanukovych, um presidente pro-russo, em 2014. 

Pouco depois desta declaração televisiva de Putin, era anunciado pela Ucrânia que a Rússia tinha atacado alvos militares no país numa "invasão de larga escala". As manobras militares, que terão sido direcionadas a postos fronteiriços, à cidade portuária de Mariupol e a bases aéreas e antiaéreas ucranianas, terão feito logo ao início da manhã oito mortos. As agências internacionais também davam conta de sirenes anti-aáreas a soarem na capital, Kiev. O presidente ucraniano declarou entretanto a lei marcial, pedindo a todos os ucranianos para ficarem em casa.

Putin sugeriu que as forças militares ucranianas baixassem as armas para evitar um "banho de sangue".

Editorial

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