Sábado – Pense por si

Rússia acusa ONU e EUA de tentarem "golpe de Estado" na Venezuela

Na sua resposta, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, sublinhou que "o regime de Nicolás Maduro reprime o seu povo" há anos.

O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, acusou este sábado "os Estados Unidos e os seus aliados de quererem depor o presidente" da Venezuela, negando ao Conselho de Segurança o direito de discutir a situação no país.

O diplomata russo denunciou a tentativa de um "golpe de Estado" e defendeu que a crise na Venezuela releva de uma "situação interna".

Na sua resposta, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, sublinhou que "o regime de Nicolás Maduro reprime o seu povo" há anos. Milhares de venezuelanos fugiram do país, desestabilizando a região, acrescentou.

A Rússia começou por tentar impedir a realização da reunião numa votação procedimental prévia, mas não conseguiu o número de votos suficientes para o efeito – eram necessários pelo menos 9 dos 15 membros do Conselho de Segurança, mas apenas a China, a África do Sul e a Guiné Equatorial votaram ao lado da Rússia.

Os seis países ocidentais membros do CS (Estados Unidos, France, Reino Unido, Alemanha, Bélgica e Polónia) votaram com o Peru, Koweit e a República Dominicana a favor da realização da reunião do conselho, convocada pelos Estados Unidos, e que conta com a participação dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Venezuela. A Indonésia e a Costa do Marfim abstiveram-se.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.