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Governantes dos 27 consideraram que Vladimir Putin não quer acabar com a guerra na Ucrânia e criticaram primeiro-ministro húngaro.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, reuniu-se esta terça-feira, 16, com Vladimir Putin para discutir a paz e a cooperação nos sectores do gás natural, petróleo e energia nuclear. A reunião que juntou o presidente russo e um líder da União Europeia foi alvo de críticas por parte dos governantes dos 27, perante a guerra na Ucrânia.
Sputnik/Grigory Sysoyev/Pool via REUTERS
O presidente da República Checa, Petr Pavel, chegou até a pedir aos países para não "caírem" nas táticas do presidente russo e garantiu que não existe qualquer intenção de alcançar a paz por parte de Putin.
"Como tem sido repetidamente demonstrado, Putin não se reúne com líderes europeus com o objetivo de alcançar a paz na Ucrânia. A paz pode ser alcançada sem quaisquer negociações da sua parte, ao retirar simplesmente as suas tropas do território ucraniano. Não devemos cair nas suas táticas", disse num comunicado.
Pavel, antigo general da NATO, acusou ainda o presidente de criar este tipo de reuniões para acabar com a harmonia dos países da União Europeia. "Ele apenas realiza estas reuniões com o objetivo de quebrar a unidade dos países europeus e de todo o mundo democrático", acrescentou.
Na quarta-feira, 17 de outubro, foi a vez da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, se manifestar. À agência de notícias Reuters confessou que o aperto de mão entre Orbán e Putin foi "muito, muito desagradável".
A reunião também foi alvo de críticas por parte do embaixador dos Estados Unidos em Budapeste, David Pressman. "O líder da Hungria escolhe ficar ao lado de um homem cujas forças são responsáveis por crimes contra a Humanidade na Ucrânia, e é o único entre os nossos aliados", escreveu nas redes sociais. "Enquanto a Rússia ataca civis ucranianos, a Hungria implora por acordos comerciais."
Hungary’s leader chooses to stand with a man whose forces are responsible for crimes against humanity in Ukraine, and alone among our Allies. While Russia strikes Ukrainian civilians, Hungary pleads for business deals. pic.twitter.com/Rsjwdm1oUu
A embaixadora da Alemanha na Hungria, Julia Gross, também se manifestou. "Então Putin deve acabar com a sua guerra de agressão contra a Ucrânia, acabar com os bombardeamentos a civis, escolas, hospitais e com o rapto de crianças? Isto foi pensado e discutido, certo?", escreveu no X (antigo Twitter).
So - Putin must end his war of aggression against Ukraine, end the bombardment of civilians, the shelling of schools and hospitals, the kidnapping of children? That was meant and discussed, surely? https://t.co/WTJIIK0FpU
Aos críticos, o político húngaro Zoltán Kovács respondeu: "A posição da Hungria em relação à Rússia e à guerra na Ucrânia tem sido clara desde o início. Sempre defendemos um diálogo aberto e transparente com as partes envolvidas para ajudar a encontrar uma solução pacífica para este conflito sangrento. Acho divertido a forma como estes políticos se aglomeram para criticar o governo húngaro e o nosso interesse, abertamente declarado, em manter uma relação diplomática com a Rússia, enquanto a sua superioridade moral é, na melhor das hipóteses, uma fachada", acrescentou.
Há muito tempo que a Hungria tem sido criticada pelas suas políticas amigáveis em relação à Rússia e à China. O facto de o país ainda não ter ratificado o pedido de adesão da Suécia à NATO, assim como a Turquia, não tem agradado aos aliados.
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