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Reino Unido. Keir Starmer quer deixar a direita KO

Rita Rato Nunes
Rita Rato Nunes 26 de junho de 2024 às 23:00

O líder do partido trabalhista britânico é uma figura apagada, de origens humildes, que os britânicos conhecem mal, mas tudo indica que terá a oportunidade de mostrar o que vale nas eleições de dia 4 de julho. Após 14 anos de domínio conservador, o Reino Unido prepara-se para virar o jogo político.

Keir Starmer começou a escrever uma autobiografia quando foi eleito líder do Partido Trabalhista, em 2020, e lhe vaticinaram que não sairia da sombra do exuberante então primeiro-ministro conservador, Boris Johnson. O objetivo do livro era mostrar-se, falar sobre as suas origens humildes e apresentar as ideias que tinha para o país. Mas Starmer sempre teve “reticências sobre o projeto”, “perguntava-se continuamente porque haveria de publicar as suas memórias ainda antes de ter tomado decisões governamentais”, tinha pudor de expor a sua vida ou de cometer alguma inconfidência familiar. Quem o revela é Tom Baldwin, jornalista, depois assessor dos trabalhistas, e também autor da recém-publicada biografia do candidato a primeiro-ministro. Starmer não foi capaz de escrever sobre si próprio, e embora tenha concedido entrevistas ao biógrafo, também não permitiu que se carimbasse a história da sua vida com a palavra “autorizada”.

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