Rishi Sunak deverá ser o último primeiro-ministro Conservador dos últimos 14 anos, já que as sondagens atribuem o poder ao partido Trabalhista, de Keir Starmer.
O Reino Unido vai hoje a eleições legislativas antecipadas e as sondagens apontam que o poder será entregue aopartido Trabalhista de Keir Starmer, encerrando assim os 14 anos de governo liderado pelo Partido Conservador e conferindo uma pesada derrota a Rishi Sunak.
Os eleitores devem ter no mínimo 18 anos no dia da votação e ser cidadãos britânicos, irlandeses ou da Commonwealth - Comunidade das Nações, a associação internacional de 56 Estados, na grande maioria antigos territórios do Império Britânico. Cerca de 50 milhões de pessoas estão registadas para votar.
As assembleias de voto estão abertas das 7h às 22 horas, e os votos podem ser feitos pessoalmente, por correio ou através de um procurador.
Os eleitores devem levar consigo um documento de identificação com fotografia para votar, sendo que esta é a primeira eleição nacional em que tal é exigido desde que se tornou obrigatório em maio de 2023.
Durante as campanhas eleitorais o partido Conservador, partido que governa o Reino Unido há 14 anos, alertou para o facto de os Trabalhistas, partido de Keir Starmer, ganharem uma "supermaioria" que os encorajaria a fazer reformas mais radicais do que as previstas no seu manifesto, indica a agência noticiosa Reuters.
Em algumas democracias, uma "supermaioria" é um limiar definindo legalmente, superior a uma maioria, necessário para fazer grandes alterações como por exemplo a uma Constituição. No entanto, no Reino Unido, não existe uma definição de supermaioria que confira aos governos quaisquer poderes especiais e o termo não tem um significado claro.
Uma sondagem sairá imediatamente após o fim da votação, às 22 horas. A contagem dos votos começa logo de imediato e os primeiros resultados serão conhecidos em poucas horas, sendo que o resultado claro será anunciado entre as 5 e as 7 horas.
Para vencer, um partido tem de obter pelo menos 326 dos 650 assentos parlamentares. O líder desse partido torna-se automaticamente no primeiro-ministro do Reino Unido.
Em cada um dos 650 círculos, os eleitores elegem um candidato local normalmente afiliado num partido político de maior dimensão. Os eleitores escolhem um candidato e o que tiver mais votos ganha o lugar.
Em caso de nenhum partido obter maioria absoluta o parlamento fica suspenso. Neste caso, o primeiro-ministro em funções mantém-se no poder e forma governo, quer através de uma coligação quer governando com uma minoria.
Uma vez apurados os resultados, e em caso de o partido que se encontra a governar tiver perdido, o primeiro-ministro deverá apresentar a sua demissão ao rei Carlos no dia em que são conhecidos os resultados, no dia 5.
O líder do partido vencedor vai então encontrar-se com o rei, que lhe pedirá para formar governo. Em seguida, vai dirigir-se a Downing Street, residência oficial, para fazer discurso ao público britânico como o novo primeiro-ministro.
O novo primeiro-ministro vai começar a nomear os ministros, começando pelos cargos de topo. Cada deputado vai prestar um juramento de fidelidade ao rei ou fará uma afirmação solene, processo que demora uns dias.
O regresso ao parlamento está previsto para 9 de julho. Já a sua abertura e ainda o discurso do rei, que estabelece o programa legislativo do governo para a sessão parlamentar, deverão ter lugar a 17 de julho, embora esta data possa ser alterada pelo novo governo.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
O medo, a extrema-direita e as alterações climáticas marcam a entrevista a José Gil, um documento único nesta edição da SÁBADO.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
