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Anti-apoio à Ucrânia, senador do Ohio que cresceu com uma mãe toxicodependente e ex-opositor de Trump que chegou a comparar a Hitler. Vance tem 39 anos e pode bem ser o futuro do Partido Republicano.
James David Vance, de 39 anos, é o candidato a vice presidente pelo Partido Republicano. A escolha de Donald Trump para o seu número 2 foi anunciada pelo próprio na rede social Truth Social. Vance é um conservador que chegou a ser um ativo crítico de Donald Trump, mas que acabou por se tornar num dos mais vocais apoiantes do ex-presidente.
Reuters
Atualmente senador republicano pelo estado do Ohio, Vance é uma escolha que é feita para motivar a base de eleitores mais conservadora de Trump. Aos 39 anos é autor do livroLamento de Uma América em Ruínas - Memórias de Uma Família e de uma Sociedade em Crise(Hillbilly Elegy, no original), um grande êxito de vendas de 2016. É também considerado um orador eficaz e um angariador de fundos bastante convicente.
Charlie Kirk, fundador do grupo conservador Turning Point USA, afirmou que Vance articula de forma convincente a visão "America First" e será capaz de ajudar Trump em estados que o candidato perdeu por pouco em 2020, como o Michigan e Wisconsin, que compartilham "os valores, demografia e economia" de Ohio, um estado que Vance conhece bastante bem.
Vance nasceu e foi criado em Middletown, no Ohio. De acordo com oPolitico, pertence à "realeza hillbilly [termo pejorativo para americanos rurais]": o primo do seu avô casou com alguém da família Hatfield e terá sido o responsável por instigar o conflito Hatfield-McCoy, que faz parte do folclore dos EUA pela sua história de rivalidade violenta.
O agora candidato a vice-presidente alistou-se nos fuzileiros (Marines) e serviu no Iraque. Posteriormente "formou-se na Universidade Estadual do Ohio comosumma cum laude(teve a a melhor classificação do curso], e formou-se na Faculdade de Direito de Yale", informou Trump. O candidato à presidência escreveu ainda que Vance é "a pessoa mais bem preparada para assumir a posição de vice-presidente dos Estados Unidos".
Em 2016, durante a primeira campanha presidencial de Trump, Vance editou o livroHillbilly Elegy, um livro de memórias que prestava homenagem a uma América branca, pobre e esquecida, instrumental na vitória de Trump em 2016.
Hillbilly Elegytambém apresentou Vance à família Trump. Donald Trump Jr., o filho de Trump e seu conselheiro, aproximou-se de Vance e tornaram-se bons amigos.
Mas a verdade é que Vance afirmava ser um republicano "never Trump" ("Trump nunca"), apelidando o magnata de ser "perigoso" e "inapto" para o cargo de presidente. Chegou mesmo a dizer que Trump era o "Hitler americano" e a apelidá-lo de ser "um idiota". Durante a campanha classificou Trump como "um opióide para as massas", num artigo para a revistaThe Atlantic.
Depois da vitória de Trump nas eleições de 2016, Vance dedicou-se a combater a dependência de opióides no Ohio, partilhando a sua história pessoal de como teve de lidar com o vício de drogas da mãe. Em 2022 sugeriu que a administração Biden estava a permitir que o fentanil atravessasse a fronteira com o México como parte de uma estratégia deliberada para matar os eleitores republicanos: "Se quisesse matar um monte de eleitores MAGA no centro da América, qual seria a melhor maneira do que atacá-los e aos seus filhos com esta substância mortal? Parece intencional. É como se Joe Biden quisesse punir as pessoas que não votaram nele", afirmou numa entrevista com Jim Hoft, noGateway Pundit.
Em 2021, a sua posição passou de "Trump nunca" para "viva Trump". O republicano começou a elogiar o trabalho do ex-presidente no Capitólio, defendendo incessantemente as políticas e comportamentos de Trump. Sobre a eleição de 2020, disse que não teria certificado os resultados imediatamente se fosse vice-presidente e que Trump tinha "uma queixa muito legítima".
Os seus adversários acusam-no de ser um extremista, mas as suas iniciativas legislativas mais mais ambiciosas surgiram de parcerias com democratas progressistas: um projeto de lei abrangente de reforma da segurança ferroviária de coautoria do senador Sherrod Brown (Democrata do Ohio) e uma disposição de reembolso de pagamentos executivos elaborada com a senadora Elizabeth Warren (Democrata do Massachussets). Nenhum dos projetos foi votado no plenário do Senado.
Vance assumiu publicamente que é contra o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia: "Tenho que ser honesto, realmente não me importo com o que acontecerá com a Ucrânia de uma forma ou de outra", confessou a Steve Bannon numa entrevista em 2022.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.