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Os planos da administração Trump foram explicitos desde o primeiro dia, reduzir os custos federais ao despedir funcionários, e o departamento de Elon Musk estará lá para ajudar.
Donald Trump e o multimilionário, Elon Musk, que está encarregado do Departamento de Eficiência Governamental (sigla DOGE, em inglês), prometeram fazer cortes nos 2,3 milhões de funcionários públicos que trabalham nos vários departametos do estado central norte-americano.
protestos cortes EUAAP Photo/John McDonnell
A primeira onda de despedimentos teve como alvo os funcionários que entraram no mundo laboral há menos de um ano. Mas a mais recente onda vai-se intensificar depois de Trump ter ordenado que as agências federais apresentassem a 26 de fevereiro planos para despedimentos em massa até 13 de março. A administração Trump ainda não revelou o número total de funcionários despedidos.
Educação
O Departamento de Educação dos Estados Unidos anunciou a 11 de março que vai reduzir quase metade dos seus funcionários. Os despedimentos deixarão o departamento com 2.183 trabalhadores, em relação aos 4.133 que lá estavam quando Trump tomou posse em janeiro. Apesar do presidente ter pedido a dissolução do departamento na sua íntegra, o Congresso ainda terá de aprovar esta decisão.
Apesar de os governos locais e estatais terem influência para tomar a maioria das decisões quanto à educação, o departamento concede milhares de milhões de dólares em empréstimos e bolsas de estudo para o ensino superior, assim como financiamento para estudantes com deficiência e estudantes desfavorecidos.
No ensino superior, a Universidade Johns Hopkins anunciou a 13 de março que vai cortar cerca de 2 mil postos de trabalho nos EUA e no estrangeiro depois da administração Trump ter cancelado cerca de 730 milhões de euros em subsídios.
Saúde
A Associated Press (AP) noticiou que cerca de 1.300 funcionários dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) foram despedidos, representando um décimo da força de trabalho da agência. Nos Institutos Nacionais de Saúde, 1.165 pessoas, na sua maioria funcionários em regime de estágio, foram despedidas, de acordo com um e-mail interno a que a Reuters teve acesso.
A Food and Drug Administration (FDA), que regula os medicamentos, a segurança alimentar, os dispositivos médicos e o tabaco, está a planear a recontratação de cerca de 300 pessoas, o que representa cerca de um terço dos 1.000 trabalhadores da FDA que foram despedidos no âmbito dos cortes governamentais. No total, a agência tem cerca de 20.000 trabalhadores.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos, que supervisiona o CDC, o NIH e a FDA, bem como o Medicare e o Medicaid, tem mais de 80.000 funcionários. Cerca de 5.200 perderam seus empregos, informou o STAT News.
Departamento dos veteranos
De acordo com um documento interno obtido pela AP na semana passada, o departamento está a planear uma reorganização que inclui o corte de 80 mil postos de trabalho na agência que presta cuidados de saúde a veteranos e militares reformados.
O responsável pelo departamento, Christopher Syrek, disse aos seus funcionários que a agência tinha de chegar ao número de pessoal que tinha em 2019, implicando o despedimento de cerca de 82 mil pessoas.
O documento instrui aos seus oficiais de mais alto nível que se preparem para um reorganização em agosto para "redimensionar e adaptar a força de trabalho à missão e à estrutura revista". Pede ainda que os funcionários trabalhem com o DOGE, a agência gerida por Elon Musk, "numa abordagem pragmática e disciplinada" para chegar aos objetivos da administração Trump.
Defesa
O Pentágono já anunciou que vai cortar cerca de 5 mil postos de trabalho, sendo apenas uma pequena fração dos 50 mil que estavam previstos. Quanto à CIA, a agência central de inteligência demitiu uma série de funcionários recentemente contratados, cortes que antigos oficiais de inteligência dos EUA avisaram que podiam prejudicar a segurança nacional. O número exato ainda não foi revelado.
Receita Interna
O Serviço de Impostos Internos estará a planear reduzir para metade a sua força de trabalho através de despedimentos, e de aquisições incentivadas, revelaram duas fontes à AP. A entidade federal de cobrança de impostos emprega cerca de 90 mil trabalhadores nos Estados Unidos, e depois deste corte irão restar apenas 45 mil funcionários.
Em fevereiro, cerca de 7 mil estagiários com cerca de um ano ou menos de serviço foram despedidos. Além dos despedimentos planeados, a administração Trump pretende emprestar funcionários do Serviços de Impostos ao Departamento de Segurança Interna para ajudar na aplicação de leis de imigração.
Ajuda externa
No que toca à ajuda externa, a agência federal para desenvolvimento internacional, que está encarregada de enviar ajuda humanitária, a administração Trump disse que todos os funcionários, à exceção dos trabalhadores essenciais, ficarão de licença e que 2 mil funcionários da USAID serão despedidos.
Recentemente o Supremo Tribunal dos EUA ordenou que a retoma do pagamento de fundos de ajuda externa que equivalem a cerca de 2 mil milhões de euros, utilizados para pagar aos beneficiários e ao trabalho feito por organizações sem fins lucrativos por todo o mundo a nível de ajuda humanitária.
Departamento de Justiça
Pelo menos 75 advogados do departamento e funcionários do FBI demitiram-se ou foram despedidos ou destituídos dos seus cargos nas primeiras semanas da presidência Trump.
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