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Departamento de Defesa dos EUA corta "desperdícios" de 580 milhões de dólares

Lusa 21 de março de 2025 às 08:13
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Memorando do secretário da Defesa Pete Hegseth refere que foram identificados mais de 360 milhões de dólares em subsídios para projectos não considerados alinhados com a nova administração, em áreas como a diversidade, equidade e inclusão, alterações climáticas, ciências sociais ou resposta à pandemia de covid-19.

O Departamento de Defesa norte-americano anunciou um corte de 580 milhões de dólares (534 milhões de euros) em despesas consideradas "desperdício" e não alinhadas com prioridades de segurança do país, incluindo programas sobre diversidade ou alterações climáticas.

REUTERS/Kent Nishimura

De acordo com um memorando do secretário da Defesa Pete Hegseth ao pessoal do Pentágono, a análise identificou mais de 360 milhões de dólares em subsídios para projectos de investigação e actividades não considerados alinhados com a orientação da nova administração, em áreas como a diversidade, equidade e inclusão, alterações climáticas, ciências sociais ou resposta à pandemia de covid-19.

Os cortes visam ainda o programa de desenvolvimento de software do Sistema de Gestão de Recursos Humanos Civis da Defesa (DCHRMS) e os contratos ativos associados na Atividade de Recursos Humanos da Defesa (DHRA).

Este programa, adianta, está atualmente seis anos atrasado e ultrapassou o orçamento em mais de 280 milhões de dólares, necessitando de pelo menos mais dois anos de desenvolvimento e testes antes de alcançar a capacidade operacional inicial. Hegseth observou que este projeto tinha uma missão "importante" que continua pendente, mas argumentou que um maior investimento no mesmo "seria um desperdício do dinheiro dos contribuintes".

Outros 30 milhões foram cortados em contratos com consultores externos sobre questões "não essenciais". Esta primeira ronda de cancelamentos, segundo Hegseth, faz parte de um esforço mais amplo do Pentágono para eliminar gastos desnecessários em serviços de consultoria não essenciais.

Hegseth afirmou que realocará para objetivos que considera prioritários cerca de 170 milhões de dólares cortados noutras áreas.

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