Funcionário de um banco, em Taiwan, encontrou uma fórmula para conseguir mais dias de férias pagas. Foi apanhado pela empresa e, no fim, quase conseguia uma indemnização.
O funcionário de um banco de Taiwan conseguiu encontrar uma forma de multiplicar os seus dias de férias e ainda continuar a ganhar dinheiro. Foi apanhado no esquema, fez queixa e, no fim, quase ganhava uma indemnização, conta o New York Times.
Por lei, Taiwan oferece oito dias de férias pagas a todos os funcionários que celebrem um casamento. Aliás, tal como acontece em Portugal com a licença de casamento, em que os noivos têm direito a um máximo de 15 dias seguidos de faltas justificadas após o casamento.
Então, para poder ter mais dias de férias, o funcionário decidiu, em abril do ano passado, casar com a mesma mulher quatro vezes, em apenas 37 dias. Pelo meio, três divórcios. Ao quarto casamento, a entidade patronal descobriu o esquema de férias remuneradas e recusou dar mais dias ao recém-casado.
Descontente, o funcionário apresentou queixa da chefia e acusou o banco onde trabalhava de incumprimento da lei. O tribunal acabou por lhe dar razão e, além dos dias férias a que tinha direito por ter casado, ainda recebeu uma indemnização equivalente a 590 euros.
Mas o caso não ficou por aqui: a revolta estendeu-se até às redes sociais e a multa que tinha sido imposta à entidade empregadora foi revogada na semana passada.
Também na semana passada, o vice-presidente de Taiwan, Huang Shan-shan, recorreu ao Facebook, dizendo que estava "chocado" com o caso. "A lei existe para as pessoas e não para exploração, lucro ou prejuízo. Claro que é importante fazer cumprir a lei, mas não saber quando ser flexível é o verdadeiro desastre", acrescentou. Não existindo um limite de celebrações de casamento, o funcionário estava, perante a lei, em conformidade.
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Pergunto-me — não conhecendo eu o referido inquérito arquivado que visaria um juiz — como é que certas pessoas e associações aparentam possuir tanto conhecimento sobre o mesmo e demonstram tamanha convicção nas afirmações que proferem.
E se, apesar de, como se costuma dizer, nos ouvirem, monitorizarem movimentos, localização e comportamentos, esta aceleração forçada que nos faz andar depressa demais for, afinal, tão insustentável que acabe por (espero) ter efeito contrário?