O Ministério da Defesa russo anunciou cessar-fogo temporário para a abertura de corredores humanitários nas cidades de Mariupol e Volnovaja. Autoridades ucranianas dizem que bombardeamentos continuam e cancelou a retirada de civis.
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Os EUA fecharam o seu espaço aéreo a todos os aviões russos, após Moscovo ter invadido a Ucrânia na semana passada.
No entanto, hoje um Ilyushin IL-96 aterrou no Aeroporto Internacional de Washington, de acordo com o site Flight aware, que regista todos os movimentos aéreos.
"O governo norte-americano deu luz verde a esta aeronave, fretada pelo governo russo, para facilitar a partida de diplomatas da missão russa nas Nações Unidas", disse à agência France-Presse (AFP) uma porta-voz do Departamento de Estado.
Denys Kireev, banqueiro que fazia parte da delegação ucraniana na primeira ronda negocial entre a Kiev e Moscovo, morreu este sábado, confirmou a Direção-Geral de Informações do Ministério da Defesa Ucraniano. Há relatos de que foi executado pelas forças ucranianaspor ter passado informações sensíveis às forças russas.
A Rússia está a "aperceber-se do custo real da guerra", perante a resistência da Ucrânia, e as negociações entre as delegações dos dois países começam a ser "construtivas", afirmou hoje um negociador ucraniano.
Questionado na cidade ucraniana de Lviv pelo diário canadiano The Globe and Mail, Mykhailo Podolyak, apresentado como um colaborador próximo do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que está a começar a ver uma mudança na atitude russa em relação à resistência ucraniana e às sanções internacionais.
"No início da guerra, [os russos] insistiam num domínio total. Não esperavam uma resistência tão forte da Ucrânia", declarou Podolyak.
"Eles só agora estão a começar a aperceber-se do custo real da guerra. E nós começamos agora a ter negociações construtivas", acrescentou o responsável, que participou nas duas primeiras sessões de negociações entre a Rússia e a Ucrânia, na fronteira com a Bielorrússia.
A Visa e a Mastercard anunciaram este sábado a suspensão de transações na Rússia, uma medida sancionatória no seguimento da invasão à Ucrânia. A medida, segundo adianta a empresa em comunicado, tem efeitos já esta semana.
De acordo com a Sky News, a empresa explica que todos os cartões Visa emitidos na Rússia deixarão de funcionar fora do país. Da mesma forma, também os cartões da empresa emitidos por instituições financeiras fora de território russo também deixarão de funcionar naquele país.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que as Nações Unidas estão comprometidas em ampliar as suas operações humanitárias, para ajudar os que permaneceram na Ucrânia e os milhões que fugiram do país em guerra.
Guterres transmitiu esta promessa ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, durante um telefonema, informou o porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU), Stephane Dujarric.
Dujarric disse que no telefonema foram ainda discutidas as condições para a retirada segura de civis, incluindo estrangeiros, das zonas de combate.
A ONU estima que os 12 milhões de pessoas que permaneceram na Ucrânia e os quatro milhões que fugiram para países vizinhos precisarão de ajuda humanitária nos próximos meses.
O Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma nova reunião, na segunda-feira à tarde, para analisar as crescentes necessidades humanitárias provocadas pela invasão russa da Ucrânia.
Os dramas deste sábado em Mariupol e Volnovakha, na província de Donetsk, são apenas primeiras cenas de um drama que se anuncia de dimensões dantescas,escreve o jornalista João Carls Barradas num texto sobre os próximos passos de Putin.
Portugal recebeu desde o início da invasão russa da Ucrânia 1.528 pedidos de proteção temporária, segundo uma atualização feita hoje à Lusa pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro e o final do dia de hoje.
Até ao final do dia de sexta-feira tinham sido registados 1.417 pedidos.
O Governo português aprovou uma resolução em que concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.
Segundo a resolução, aos requerentes de proteção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses.
Estes pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos apelou aos seus cidadãos que abandonassem a Rússia de forma imediata.
"Não viajem para a Rússia devido ao ataque injustificado levado a cabo pelos militares russos na Ucrânia, pelo potencial de ataques a cidadãos americanos",pode ler-se num comunicado publicado por este organismo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou hoje que uma escalada do conflito na Ucrânia terá consequências económicas "devastadoras" a nível mundial.
Para além do conflito em si, as sanções contra a Rússia "terão também um impacto substancial na economia global e nos mercados financeiros, com efeitos colaterais para outros países", advertiu também o FMI.
Mesmo que as previsões permaneçam sujeitas a uma "incerteza extraordinária", "as consequências económicas já são muito graves", observa a instituição.
A subida dos preços da energia e das mercadorias em geral, com o petróleo a aproximar-se agora dos 120 dólares por barril, está a aumentar a pressão inflacionista que o mundo já estava a sofrer à medida que a pandemia emergia.
Assim, o fundo prevê que "o salto nos preços terá efeitos a nível mundial, particularmente nas famílias de baixos rendimentos para as quais os gastos alimentares e energéticos representam uma proporção maior" dos seus orçamentos.
Quanto à Ucrânia, o FMI considera que é "já claro" que o país enfrentará custos "significativos" para reiniciar a sua economia e reconstruir edifícios e instalações destruídas ou danificadas.
O Fundo adianta que a assistência financeira de emergência solicitada pela Ucrânia, que o FMI já tinha reportado em 25 de fevereiro, ascende a 1,4 mil milhões de dólares.
O pedido poderá ser formalmente apresentado ao Conselho de Administração do FMI "já na próxima semana", afirma o FMI em comunicado.
Pelo menos 351 civis ucranianos morreram e 707 ficaram feridos na sequência da invasão russa da Ucrânia, de acordo com o balanço hoje divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
"Entre as 04:00 de 24 de fevereiro e as 00:00 de 04 de março, o Alto Comissariado registou 1.058 vítimas civis na Ucrânia: 351 mortos e 707 feridos", refere o relatório.
Os mortos foram identificados como 71 homens, 41 mulheres, oito meninos e quatro meninas, além de 10 crianças e 217 adultos cuja identificação ainda está pendente.
Entre os feridos contam-se 58 homens, 40 mulheres, 11 meninas e dois meninos, bem como 23 crianças e 573 adultos ainda sem identificação.
A organização das Nações Unidas (ONU) estima que 355 das vítimas – 63 mortos e 292 feridos – estivessem em território controlado pelo Governo ucraniano.
Uma terceira ronda de conversações entre a Ucrânia e a Rússia vai realizar-se na segunda-feira, anunciou hoje um membro da delegação ucraniana, David Arakhamia.
"A terceira ronda de negociações realiza-se na segunda-feira", escreveu na sua página da rede social Facebook, ao décimo dia da invasão russa da Ucrânia.
O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, encontrou-se com o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremilin, em Moscovo, este sábado, para discutirem a crise na Ucrânia, informou um porta-voz de Tel Aviv.
Israel é um aliado dos Estados Unidos e expressou apoio a Kiev, mas afirmou que iria manter a via comunicacional aberta com Moscovo como forma de ajudar a encontrar uma solução. O governo israelita já se ofereceu para mediar as negociações entre a Ucrânia e a Federação Russa e, no entretanto, enviou ajuda humanitária para ajudar o povo ucraniano.
Israel é um dos principais pontos de migração para israelitas.
A agência noticiosa Efe decidiu hoje suspender temporariamente a atividade na Rússia, depois da aprovação da que prevê penas de prisão até 15 anos por divulgação do que as autoridades russas considerarem "informação falsa" sobre a guerra na Ucrânia.
Segundo informação divulgada pela agência espanhola, esta é a primeira vez desde 1970 - ano em que a Efe abriu o seu escritório permanente em Moscovo - que a empresa "se vê forçada a suspender a atividade dos seus jornalistas" na capital russa.
Também hoje, a televisão pública italiana, RAI, anunciou a suspensão temporária do trabalho dos seus correspondentes na Rússia, decisão tomada por outros órgãos de comunicação como a estação televisão norte-americana CNN, a canadiana CBC, a britânica BBC e a agência de notícias Bloomberg.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) descreveu hoje como "dilacerante" a situação em Mariupol, onde a evacuação de moradores foi adiada, apelando às partes que protejam os civis na Ucrânia, haja ou não um corredor humanitário.
"Entendemos que as operações de saída segura de Mariupol e Volnovakha não vão começar hoje. Continuamos a dialogar com as partes sobre a passagem com toda a segurança de civis das várias cidades afetadas pelo conflito", refere o CICV em comunicado.
"As cenas a que se está a assistir hoje em Mariupol e noutras cidades são dilacerantes", acrescentou a organização com sede em Genebra, na Suíça.
A Rússia anunciou esta manhã um cessar-fogo a partir das 07:00 GMT (hora de Lisboa) para permitir a saída de civis de Mariupol e da cidade de Volnovakha, 60 quilómetros a norte.
Contudo, a evacuação dos habitantes de Mariupol, um porto estratégico ucraniano cercado pelas forças russas e seus aliados, foi adiada devido a várias violações russas do cessar-fogo, acusou a autarquia da cidade portuária.
A tomada de Mariupol, uma cidade de cerca de 450.000 habitantes localizada no Mar de Azov, seria um ponto de viragem na invasão russa da Ucrânia. Permitiria a junção entre as forças russas provenientes da Crimeia anexada, que já tomaram os principais portos de Berdiansk e Kherson, e as tropas separatistas e russas no Donbass.
"Independentemente de os corredores humanitários serem implementados ou não nos próximos dias, as partes devem continuar a proteger os civis e as infraestruturas civis, segundo o direito internacional humanitário, tanto para aqueles que optam por sair, como para os que permanecem", destaca o CICV.
Segundo salienta, "os denominados corredores humanitários ou outras medidas destinadas a apoiar as pessoas afetadas pelo conflito devem ser bem planeadas e implementadas com o acordo das partes em conflito".
Enquanto intermediário humanitário neutro e imparcial, o CICV diz estar pronto a contribuir para facilitar a passagem segura de civis "desde que as partes tenham chegado a um acordo e que os seus termos sejam estritamente humanitários".
O governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, avança agora que cerca de 400 civis foram retirados da cidade de Volnovaja, mesmo apesar da suspensão dos corredores humanitários e de acusações de violações do cessar-fogo por parte das forças russas.
A retirada de civis da cidade no leste da Ucrânia até perto de Zaporíjia deveria ter acontecido este sábado, mas foi adiada por não estarem reunidas as condições de segurança, segundo autoridades ucranianas.
??About 400 civilians evacuated from Volnovakha despite thwarted evacuation.
The number was announced by Donetsk Oblast Governor Pavlo Kyrylenko. The evacuation from Volnovakha was supposed to be held today, but Russian forces violated the temporary ceasefire agreement.
Depois de autoridades ucranianas acusarem a Rússia de violar o cessar-fogo e impedir a retirada de civis em Mariupol através de corredores humanitários, o Ministério da Defesa russo atribuiu a culpa da não evacuação de civis em Volnovaja e Mariupol aos "nacionalistas de Kiev", que estão também a impedir a abertura de corredores humanitários nas cidades de Kharkov e Sumy, também cercadas por forças russas.
O chefe do Centro Nacional para o Controlo da Defesa (NTsUO) da Rússia, Mikhail Mizintsev, diz, segundo as agências noticiosas russas TASS e Ria Novosti, que Moscovo "cumpriu todas as condições do lado ucraniano, tanto em termos de horas como de rota e segurança".
"Corredores humanitários são abertos todos os dias na direção de Volnovaja e Mariupol", disse, acrescentando que as forças armadas ucranianas aproveitaram a trégua humanitária para "reagrupar unidades".
O presidente russo, Vladimir Putin, afastou um cenário de lei marcial na Rússia e comparou as sanções impostas a Moscovo a uma declaração de guerra.
Em declarações à televisão estatal, citadas pelaReuters, Putin diz que está "tudo a correr de acordo com o plano" na Ucrânia e que o exército russo irá cumprir o seu objetivo como parte da "operação militar especial", insistindo que pretende que a Ucrânia seja "desmilitarizada, desnazificada e neutra".
"As nossas forças resolverão todos os problemas que enfrentarem. Não duvido disso. Está tudo a correr de acordo com o plano."
Após reunião com membros femininos da tripulação de voo das companhias aéreas russas, Putin afirmou que a decisão de intervir militarmente na Ucrânia foi "muito difícil".
"Disse isto no início da operação e disse-o antes de esta decisão ter sido tomada. Uma decisão difícil, sem qualquer dúvida."
Trecho do pronunciamento feito hj pelo Pres. Putin à uma TV estatal: "O nosso exército resolverá todas as tarefas que enfrenta. Não duvido nem por um segundo. Todo o curso da operação fala disso. Estão seguindo o plano." É a 2ª vez que ele diz que está correndo td bem na Ucrânia. pic.twitter.com/gPmjI14kyn
A Rússia e a Bielorrússia foram suspensas do Conselho dos Estados do Mar Báltico (CEMB) em resposta à agressão de Moscovo contra a Ucrânia e o envolvimento de Minsk no conflito, segundo a União Europeia.
De acordo com o Serviço de Ação Externa da União Europeia, citado pela agência de notícias espanhola EFE, a Europa "concorda com os outros membros do CEMB sobre a suspensão da Rússia e da Bielorrússia, que permanecerá em vigor até que seja possível retomar a cooperação baseada no respeito pelos princípios fundamentais do direito internacional".
O CEMB é composto pela União Europeia juntamente com a Dinamarca, Estónia, Finlândia, Alemanha, Islândia, Letónia, Lituânia, Noruega, Polónia e Suécia e funciona como um fórum regional de cooperação entre os países que partilham as águas do Mar Báltico.
A Rússia é um dos cofundadores do Conselho e a Bielorrússia é um Estado observador do CEMB, cuja presidência está atualmente a cargo da Noruega.
O corredor humanitário aberto para que civis pudessem sair da cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, só foi utilizado por 17 pessoas, após o cessar-fogo temporário ter sido violado por forças russas.
Os números foram avançados pelo vice-ministro da Defesa da República de Donetsk, Eduard Basurin, ao canal televisivo Rossiya-1, citado pela agência noticiosa russaTASS.
A manobra de retirada de civis foi cancelada em Mariupol, depois de autoridades ucranianas terem dito que não estavam reunidas as condições de segurança para atravessar os corredores humanitários devido a violações do cessar-fogo.
"De acordo com a informação que tenho, 17 pessoas conseguiram escapar por lá: 12 adultos e cinco crianças. Ninguém saiu de Volnovaja até agora", disse, acrescentando que as forças na região autoproclamada como estado independente continua "comprometidas" com um cessar-fogo.
A Rússia diz-se preparada para continuar a trabalhar numa resolução da crise humanitária na Ucrânia, apesar da falha na operação de retirada de civis deste sábado. Ucranianos acusaram as forças russas de ter violado o cessar-fogo temporário que tinha sido acordado em Mariupol.
"Apesar da gravidade das consequências que teve a suspensão do corredor humanitário este sábado, estamos preparados para continuar a trabalhar pacientemente com os representantes ucranianos e as organizações internacionais para resolver esta crise humanitária", indicou o líder do Centro de Defesa Nacional da Rússia, general Mikhail Mizintsev, citado pela agência noticiosaTASS.
O oficial militar admite que a situação no lado ucraniano se está a deteriorar rapidamente e que pode chegar a uma escala catastrófica. "O lado russo tomou todas as medidas possíveis para estabilizar a situação horrorosa para o povo ucraniano e irá e continuará a corresponder às suas obrigações", diz Mizintsev.
O jogador do Manchester City e internacional ucraniano, Oleksandr Zinchenko, afirmou em entrevista àBBCque, se não fosse pela sua família, estaria na Ucrânia a combater e agradece ao mundo por ficar do lado do povo ucraniano.
Vladimir Putin pede uma "normalização das relações" internacionais com a Rússia. Mas ainda não cedeu em nenhuma das exigências que faz desde dezembro e que levaram à invasão da Ucrânia.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, vai falar com Vladimir Putin este domingo para discutir a guerra na Ucrânia, numa tentativa de resolver o conflito, avançou o seu porta-voz, citado pela Reuters.
A Turquia mostrou-se disponível a receber negociações entre os dois países e pediu o fim imediato dos combates, reiterando que o país não pode abandonar as suas ligações com nenhum dos dois países.
Ibrahim Kalin, o porta-voz de Erdogan, indicou que Erdogan irá pedir a Putin para "dar uma hipótese" a um cessar-fogo, ajudando a criar corredores humanitários para retirar civis dos locais de combate.
"Estamos concentrados nos passos a dar para levar os dois lados à mesa de negociação e a convencer o lado russo" a parar, disse Kalin, acrescentando ser importante para Moscovo ter um parceiro de confiança nas negociações, depois do Ocidente ter "queimado pontes" com a Rússia.
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apresentou uma queixa no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra a Rússia por crimes de guerra na Ucrânia, devido aos ataques que destruíram antenas de rádio e televisão impedindo a transmissão, anunciou hoje a organização.
A denúncia foi formalizada na sexta-feira e baseia-se no argumento de que uma antena de radiodifusão não pode ser considerada um objetivo militar se não for utilizada pelo Exército, se estiver temporariamente dedicada ao uso militar ou se tiver simultaneamente uma utilização civil e militar, explicou hoje a RSF citada pela agência de notícias EFE.
Em comunicado, a RSF acrescenta que as torres de televisão eram apenas para uso civil, o que significa que os ataques foram contra meios de comunicação ucranianos, que Moscovo acusou de participarem numa estratégia de informação.
A organização de defesa da liberdade de imprensa sublinha ainda o caráter "intencional" da destruição das torres e o facto de estarem a ser realizadas em grande escala, revelando que existe "um plano deliberado".
"Bombardear deliberadamente várias infraestruturas de media, como antenas de televisão, constitui um crime de guerra e demonstra a extensão da ofensiva lançada por (Vladimir) Putin contra o direito à informação", disse o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire.
Ainda antes das notícias de violações de cessar-fogo por parte das forças russas, atrasando assim a abertura de corredores humanitários desde Mariupol até Zaporínjia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha afirmado que seria possível discutir uma nova data para negociações com a Rússia depois da retirada destes civis.
"Estamos a fazer o melhor possível para cumprir este acordo. Esta é das tarefas mais importantes para hoje. Vamos ver se conseguimos ir mais além no processo de negociação", disse Zelensky na mensagem divulgada no seu canal de Telegram este sábado, citada pela agência russaTASS.
A retirada de civis tinha o seu início agendado para as 9h em Lisboa, mas foi adiada devido a violações do cessar-fogo por parte de forças russas, que continuam a abrir fogo na cidade de Mariupol.
A Alemanha, os Estados Unidos e os Países Baixos vão aumentar as contribuições para as tropas da NATO destacadas na Lituânia, noticiou hoje a agência Efe.
Segundo a agência de notícias espanhola, que cita o ministro da defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, a Força Aérea Alemã vai contribuir com mísseis defensivos, enquanto os Estados Unidos enviarão um batalhão de tanques blindados, sendo esperado que os Países Baixos aumentem o seu contingente naquele país.
Arvydas Anusauskas, citado pela Efe, anunciou ainda, via Twitter, que o Ministério da Defesa da Lituânia vai gastar 40 milhões de euros em novas infraestruturas para acomodar as tropas adicionais.
A NATO tem agendado para o final de março exercícios militares na Lituânia.
O senador republicano Lindsey Graham afirmou que o povo russo é o único capaz de "resolver a situação" e que tem de "dar um passo em frente". "Estariam a prestar ao seu país, e ao mundo, um grande serviço", escreveu.
Is there a Brutus in Russia? Is there a more successful Colonel Stauffenberg in the Russian military?
The only way this ends is for somebody in Russia to take this guy out.
You would be doing your country - and the world - a great service.
O conselheiro presidencial de Volodymy Zelensky, Oleksiy Arestovych, avançou em transmissão televisiva que a Rússia não está a respeitar o cessar-fogo acordado em certas áreas, de maneira a permitir a abertura de um corredor humanitário para a retirada de civis de cidades como Mariupol.
Um total de 195.848 cidadãos ucranianos entraram na Roménia desde que a invasão russa em larga escala à Ucrânia começou, em 24 de fevereiro, segundo as autoridades romenas.
De acordo com dados da Polícia de Fronteira da Roménia, citados pela agência espanhola EFE, 132.500 destas pessoas já deixaram o país para outros destinos, principalmente na Europa Central e Ocidental.
Apenas durante a passada sexta-feira, 28.235 ucranianos entraram em território romeno. Destes, cerca de 17 mil entraram a partir da Moldova, um país que faz fronteira com a Roménia e a Ucrânia e de onde saíram, também, dezenas de milhares de refugiados.
Desde o início da guerra, mais de 100 mil refugiados entraram na Moldávia. A maioria seguiu caminho para a Roménia e para outros países da União Europeia.
A retirada de civis da cidade de Mariupol através de corredores humanitários, prevista para se iniciar pelas 11h em Kiev (9h em Lisboa), foi cancelada.
As autoridades ucranianas estão a acusar as forças russas de não respeitarem o cessar-fogo temporário.
"Estão a acontecer combates no caminho para a região de Zaporínjia. Estamos a negociar com o lado russo para confirmar o cessar-fogo temporário por toda a rota de evacuação de civis de Mariupol", indicou a autarquia local em comunicado.
Por toda a cidade de Lviv, na Ucrânia, estão espalhados cartazes com a frase célebre "vão-se lixar" dita por soldados ucranianos em resposta à ordem de rendição russa na Ilha das Serpentes, no Mar Negro.
Os 13 militares ucranianos foram dados como mortos pelo próprio governo de Kiev, mas estarão capturados pelas forças russas.
A multinacional espanhola Inditex, dona de marcas como a Zara, Bershka, Stradivarius e Pull and Bear, anunciou que deixará o mercado russo, fechando 502 lojas e as suas vendas online na Rússia.
"Nas circunstâncias atuais, a Inditex não consegue garantir a continuidade de operações e compromissos comerciais na Rússia e assim suspende temporariamente a sua atividade", indicou a Inditex em comunicado ao regulador espanhol.
A Polónia recebeu 106 mil refugiados da Ucrânia nas últimas 24 horas, segundo estimativas das autoridades polacas, que revelam ser o número mais elevado desde que começou a guerra com a Rússia.
Até sexta-feira, a Polónia tinha acolhido cerca de 650 mil deslocados, transformando-se no principal país de acolhimento de refugiados oriundos da Ucrânia, avança a agência de notícias espanhola EFE.
Segundo dados da ONU divulgados também na sexta-feira, nos últimos dez dias terão saído da Ucrânia cerca de 1,2 milhões de pessoas, das quais 78 mil não são ucranianas: São, essencialmente, estudantes ou trabalhadores de 138 nacionalidades que viviam no país.
Antony Blinken, o secretário de Estado dos EUA, mostra-se confiante de que a Ucrânia pode vencer a sua guerra contra a Rússia.
Sem prever quanto tempo poderá demorar o conflito, o governante norte-americano disse que a derrota ucraniana não é inevitável e, em entrevista àBBC, elogiou a "extraordinária resiliência" do povo ucraniano.
"Se a intenção de Moscovo é derrubar o governo e instalar o seu regime-fantoche, 45 milhões de ucranianos vão rejeitar essa opção de uma maneira ou de outra", disse, acrescentando que acredita que a guerra já não está a correr de acordo com os planos de Vladimir Putin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem agendada para este sábado uma videoconferência com o Senado norte-americano, um encontro marcado pela embaixada ucraniana em Washington que terá início pelas 16h30 em Kiev, 14h30 em Lisboa.
O presidente ucraniano, Volodymy Zelensky, deixou um novo vídeo na sua página de Facebook em que demonstra confiança no fim do conflito com a Rússia e que emigrantes que fugiram para a Polónia, Roménia, Eslováquia e outros países possam regressar ao país.
As autoridades russas avançaram este sábado já ter acolhido quase 175 mil refugiados da Ucrânia desde o início da invasão, com a grande maioria a vir das repúblicas separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk.
Segundo números citados pela agência noticiosa TASS, cerca de 156 mil pessoas chegaram à Rússia provenientes dos dois autoproclamados estados independentes e outras 18 mil do resto do país. Entre estes números encontram-se mais de 45 mil crianças.
Esta sexta-feira, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados anunciou que, desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, já foram registados mais de um milhão de refugiados que fugiram para oeste.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia partilhou uma lista com cerca de 100 empresas e multinacionais estrangeiras que já cortaram a sua atividade na Rússia, agradecendo a solidariedade.
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A Haas anunciou este sábado o despedimento do piloto Nikita Mazepin e do fim de parceria com a empresa russa Uralkali, a patrocinadora principal da equipa norte-americana, detida pelo pai de Mazepin, Dmitry, um oligarca bielorusso-russo.
TEAM STATEMENT #HaasF1 pic.twitter.com/5aEXLzYtmV
Equipa de cinco pessoas foi baleada enquanto estava dentro de um carro, depois de não conseguir visitar a cidade de Bucha, perto de Kiev.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, revela que 66.224 ucranianos voltaram à Ucrânia para defender o país da invasão de forças russas.
"Ucranianos, somos invencíveis", escreveu nas redes sociais.
66224. That's how many men returned from abroad at this moment to defend their Country from the horde. These are 12 more combat and motivated brigades ! Ukrainians, we are invincible! #FightLikeUkrainian
Entretanto, a autarquia da cidade ucraniana de Mariupol anunciou que a retirada de civis deste porto estratégico no mar de Azov, rodeado por forças russas e pró-russas, vai começar pelas 11h00 locais (9h00 em Lisboa).
A decisão surge depois da Rússia ter anunciado um cessar-fogo temporário para a abertura de corredores humanitários que permitam a retirada de civis nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovaja, no leste da Ucrânia.
Horas antes, o autarca da cidade, Vadim Boitchenko, admitiu que o porto estratégico de Mariupol se encontrava "sob bloqueio" e era alvo de "ataques impiedosos" do exército russo.
Além de cidades como Kherson, o exército russo estará a cercar outras quatro cidades ucranianas: Kharkiv, Chernihiv, Mariupol e Sumy.
A atualização foi feita pelo Ministério da Defesa britânico, que observa que o ritmo de ataques russos por ar e terra foi menor nas últimas 24 horas quando comparado com os últimos dias.
O Reino Unido considera que é "provável" que a Rússia esteja a avançar até à cidade portuária de Mykolaiv, com uma "possibilidade realista" de cercar também esta cidade para progredir até Odessa.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 05 March 2022
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#StandWithUkraine pic.twitter.com/scyVonQwH9
Bom dia,
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a abertura de corredores humanitários nas cidades de Mariupol e Volnovaja, garantindo assim um cessar-fogo temporário para a saída de civis das cidades.
Os corredores foram abertos às 10h em Moscovo (7h em Lisboa).
"Hoje, 5 de março, é anunciado um cessar-fogo a partir das 10h00, hora de Moscovo, e a abertura de corredores humanitários para a saída de civis de Mariupol e Volnovaja", avançou o governo russo.
A ecologia da política mudou muito com o aparecimento do Chega, em conjunto com o papel político crescente das redes sociais.
As notícias da morte do jornalismo foram muito exageradas. Estranhamente, vive e até se recomenda.
No fundo, o “sempre em pé” pode ser também a imagem de um país que já caiu de cabeça ao chão mil vezes, mas insiste em levantar-se.
A minha amiga, que é das fortes, tinha sucumbido com dois copos?
