Rússia vai abrir corredores humanitários em Kiev e outras três cidades
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Putin avisa que guerra na Ucrânia só termina quando ucranianos pararem de lutar - e as exigências da Rússia forem atendidas. Número de refugiados ucranianos já ultrapassa os 1,5 milhões: é a crise de refugiados “de crescimento mais rápido” na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
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Mais de 4.600 pessoas que se manifestaram hoje na Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia foram detidas, em cerca de 60 cidades, elevando o total para 13.000, desde o início da ofensiva, segundo a ONG OVD-Info.
Pelo menos 4.640 pessoas foram detidas hoje em 65 cidades, elevando para mais de 13.000 o total de manifestantes detidos desde o início da operação militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, de acordo com o OVD-Info, que acompanha os protestos não autorizados.
Apesar da intimidação pelas autoridades e da ameaça de pesadas penas de prisão, nos últimos 11 dias têm-se verificado diariamente protestos em várias cidades de toda a Rússia.
O opositor Alexei Navalny, que é contra a intervenção na Ucrânia, pediu esta semana aos russos que se reunissem diariamente na praça principal da respetiva cidade para exigir a paz na Ucrânia.
Só hoje foram detidas cerca de 1.700 pessoas em Moscovo, segundo a polícia. Entre elas, informou a OVD-Info, figuram um dirigente da ONG Memorial, Oleg Orlov, e a ativista Svetlana Gannushkina.
Vários ativistas e ONG publicaram hoje vídeos nas redes sociais mostrando detenções brutais com uso de bastões.
As primeiras detenções tiveram lugar no Extremo Oriente e na Sibéria, devido à diferença horária: mais de 200 pessoas nas cidades de Novosibirsk e Ekaterinburg, de acordo com a OVD-Info.
As autoridades russas adotaram na sexta-feira uma nova lei para punir "informações falsas" sobre as atividades do exército russo na Ucrânia. Com penas que vão de multas a 15 anos de prisão.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse este domingo que os ucranianos não vão perdoar as tropas russas pelo "homicídio deliberado" infligido na Ucrânia.
Num vídeo publicado nas redes sociais, Zelesnsky afirmou que "Deus não vai perdoar" as tropas russas. "Em vez de perdão, vai haver um julgamento", disse, num dia em que se celebra o "perdão". "Não vamos perdoar as casas destruídas, não vamos perdoar o míssil que a nossa defesa aérea abateu em Okhmatdyt hoje. E mais de 500 outros mísseis que atingiram a nossa terra, por toda a Ucrânia, atingiram o nosso povo e as crianças. Não vamos perdoar o bombardeamento de pessoas desarmadas, a destruição das nossas infraestruturas", afirmou.
O número de pessoas procedentes da Ucrânia que entraram na Polónia para fugir à invasão russa ultrapassou, ao fim da tarde de hoje, um milhão, anunciou a guarda-fronteiriça polaca.
"É um milhão de tragédias humanas, um milhão de pessoas expulsas das suas casas pela guerra [desde 24 de fevereiro], um milhão de pessoas que ouviram os guardas-fronteiriços dizer-lhes, uma vez franqueada a fronteira, ‘Estão em segurança’", lê-se num comunicado divulgado pela guarda-fronteiriça polaca na rede social Twitter.
O país, que alberga uma população de cerca de 38 milhões de pessoas, é o que está a receber maior número de refugiados de entre os vizinhos da Ucrânia, embora alguns dos que entraram na Polónia prossigam viagem para outros países.
Por sua vez, a ONU tinha anunciado hoje, algumas horas antes, que o número total de pessoas que abandonaram a Ucrânia para procurar refúgio nos países vizinhos ultrapassara 1,5 milhões em dez dias, fazendo desta crise de refugiados a "de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial".
Na Polónia, a sua chegada desencadeou um grande movimento de solidariedade, tendo as autoridades agilizado as formalidades na fronteira e organizado centros de acolhimento, ao passo que milhares de particulares ofereceram aos refugiados refeições, transporte e alojamento nas suas casas, em todo o país.
Um pouco por todo o lado, a população levou para câmaras municipais, igrejas, escolas e recintos desportivos grandes quantidades de alimentos, produtos de higiene, roupa e cobertores.
Nas estações ferroviárias das principais cidades, por exemplo em Varsóvia, Cracóvia e Wroclaw, dezenas de voluntários esperavam os refugiados à saída dos comboios para os informar das possibilidades de alojamento e de outras formas de assistência.
Muitas escolas abriram logo as suas portas às crianças ucranianas, sendo a maioria dos refugiados mulheres e crianças, já que os homens ficaram a combater na Ucrânia.
A Netflix suspendeu os seus serviços na Rússia. "Dadas as circunstâncias no terreno, decidimos suspender o nosso serviço na Rússia", disse à revista um porta-voz da Netflix.
A empresa de streaminge produção de séries, filmes e documentários já tinha suspendido todos os projetos naquele país e a aquisição de produtos russos, incluindo quatro séries originais russas que estavam em fase de produção e que foram paradas.
A rede social de criação e partilha de vídeos TikTok anunciou hoje que suspendeu a possibilidade de divulgar novos conteúdos na sua plataforma na Rússia, em protesto contra uma nova lei que penaliza a publicação de informações alegadamente falsas.
"Perante a nova lei sobre ‘informações enganosas’, não temos outra escolha a não ser suspender as transmissões ao vivo e a divulgação de novos conteúdos (...) até podermos analisar as possíveis consequências para a segurança" dos funcionários do TikTok e dos utilizadores da plataforma, escreveu a empresa na rede social Twitter.
Na sexta-feira, o parlamento russo aprovou uma lei que penaliza a divulgação de "informações falsas" sobre a "operação militar especial" em curso na Ucrânia, com penas previstas que variam desde multas até 15 anos de prisão.
No sábado, o Kremlin (Presidência russa) defendeu a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" sobre o exército russo para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.
"No contexto da guerra de informação, era necessário adotar uma lei cuja firmeza foi adaptada, o que foi feito", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
American Express (AMEX) anunciou hoje que suspende as operações na Rússia, juntando-se assim à decisão tomada no sábado pelas plataformas de transações financeiras Visa e Mastercard.
"Perante o ataque contínuo e injustificado da Rússia ao povo da Ucrânia, a American Express suspende todas as operações na Rússia", disse a empresa, num comunicado.
Como no caso das outras duas empresas de transações financeiras, a AMEX esclarece que os seus cartões "emitidos em todo o mundo deixam de funcionar nos comerciantes ou nas caixas automáticas na Rússia, enquanto os cartões emitidos localmente por bancos russos deixam de funcionar no estrangeiro".
Desta forma, os cartões emitidos fora da Rússia não podem ser usados para fazer compras ou retirar dinheiro dentro do país, mas os cidadãos com cartões emitidos no país poderão fazer compras na Rússia, embora as suas transações sejam feitas através de outras redes.
"Fomos forçados a agir, após a invasão não provocada da Ucrânia pela Rússia e perante os eventos inaceitáveis a que assistimos", tinha explicado, no sábado, o presidente e CEO da Visa, Al Kelly.
A decisão das três plataformas financeiras acontece uma semana depois de os Estados Unidos e a União Europeia (UE), juntamente com outros parceiros ocidentais, terem concordado em remover alguns bancos russos do sistema internacional Swift - o sistema de transações que é a base do sistema financeiro global - usado por 11.000 bancos em 200 países ou territórios para fazer transferências.
As três empresas já tinham anunciado, na semana passada, o bloqueio de instituições financeiras russas sancionadas pelas autoridades norte-americanas, em retaliação pela invasão russa.
As novas sanções do G7, o grupo das sete maiores economias mundiais, contra a Rússia pela invasão da Ucrânia devem sobretudo "atingir os oligarcas", que "lucraram com Putin", disse hoje o ministro alemão das Finanças, Christian Lindner.
"Trabalhamos noutras sanções", disse à televisão pública ARD, questionado sobre a ação do G7, atualmente presidido pela Alemanha, acrescentando que se pretende que essas medidas afetem particularmente os oligarcas.
"Aqueles que lucraram com [o Presidente russo, Vladimir] Putin e que roubaram a riqueza do povo russo, sobretudo através da corrupção, não podem lucrar com a sua riqueza nas nossas democracias ocidentais", acrescentou.
Os países do G7 anunciaram na sexta-feira em comunicado a sua intenção de impor "novas sanções severas" contra Moscovo, "em resposta à agressão russa" contra a Ucrânia.
Moscovo está já a lidar com medidas duras que visam sobretudo isolar o país do sistema financeiro internacional.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou hoje de "absolutamente essencial" haver uma "pausa nos combates" para permitir a evacuação dos civis nas cidades atacadas pelo exército russo e o estabelecimento de corredores humanitários.
"É absolutamente essencial haver uma pausa nos combates na Ucrânia para permitir a passagem segura dos civis de Mariupol, Kharkiv e Sumi, bem como nos outros locais envolvidos nos conflitos e para garantir que os suprimentos humanitários que salvam vidas possam entrar para quem ficar", escreveu o secretário-geral da ONU numa mensagem no Twitter.
It is absolutely essential to establish a pause in the fighting in Ukraine to allow for the safe passage of civilians from Mariupol, Kharkiv and Sumy, as well as all other places caught in conflict, and to ensure life-saving humanitarian supplies can move in for those who remain.
O apelo de Guterres surge pouco depois de se ter ficado a conhecer o fracasso da segunda tentativa de evacuação dos civis de Mariupol, devido a ataques russos, segundo fontes oficiais russas.
"A segunda tentativa de corredor humanitário para civis em Mariupol terminou novamente devido a bombardeamentos dos russos", assinalou o assessor do Ministério do Interior ucraniano, Antón Gerashchenko.
O município de Mariupol apenas deu conta de que os autocarros tinham saído de Zaporizhia rumo à cidade para recolher os civis que querem deixar a cidade estratégica às margens do Mar de Azov.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) informou, este domingo, que a central nuclear de Zaporizhzhia está sob ordens do comando russo, que assumiram o controlo do local na semana passada e que desligaram algumas redes móveis e a internet.
O alerta da AIEA é citado pela Reuters.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou este domingo que os Estados Unidos iveram acesso a "relatos muito credíveis" de ataques contra civis ucranianos.
Blinken sublinhou que essa informação está a ser compilada e que será utilizada como forma de ajudar a investigar crimes de guerra. "Vimos relatos credíveis de ataques deliberados a civis", informou o secretário de Estado em entrevista à CNN.
Avisando que a guerra ainda está para durar, Blinken assegurou que Putin irá perder, mesmo sem a intervenção militar dos EUA e da NATO. E revelou que EUA e Europa estão a discutir a suspensão de compra de petróleo à Rússia.
Blinken referiu ainda que caso o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky seja assassinado, há um plano de continuidade, apesar de não dar detalhes sobre o mesmo.
Pelo menos 3.500 pessoas foram hoje detidas em várias manifestações na Rússia a exigir o fim da invasão da Ucrânia, em resposta ao apelo do líder da oposição Alexei Navalny.
Segundo as agências noticiosas russas Tass e Interfax, a porta-voz do Ministério do Interior russo, Irina Volk, disse que pelo menos 3.500 pessoas foram detidas numa série de protestos não autorizados em Moscovo, São Petersburgo e outras cidades russas.
Segundo a fonte, cerca de 2.500 pessoas manifestaram-se em Moscovo, das quais 1.700 foram detidas, enquanto outras 1.500 participaram num protesto semelhante em São Petersburgo, das quais 750 foram presas.
A porta-voz disse que outras 1.200 pessoas realizaram manifestações não autorizadas noutras regiões do país, das quais 1.061 foram presas.
O Cazaquistão, aliado da Rússia, permitiu uma manifestação contra a invasão na Ucrânia que juntou mais de duas mil pessoas, no sábado, numa altura em que o país tenta distanciar-se de Moscovo, para não ser incluído nas sanções ocidentais.
O regime do Cazaquistão geralmente proíbe manifestações, mas no sábado permitiu uma reunião de protesto que juntou cerca de 2.000 pessoas, no centro de Almaty, a capital económica do país.
Nos últimos dias, já depois do início da invasão russa da Ucrânia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão sublinhou a neutralidade do país neste conflito.
Depois de mais de mil manifestantes detidos na Rússia por protestarem contra a invasão do seu país à Ucrânia, uma carrinha em Moscovo teve um acidente.
In #Moscow, a police van carrying detainees at anti-war rallies got into an accident pic.twitter.com/GGS5GuKC0o
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou os radicais ucranianos pelo incidente na central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, na passada quinta-feira.
Questionado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o incêndio naquela que é a maior central nuclear da Europa, Putin terá dito que se tratou de uma "provocação" do lado ucraniano.
"Vladimir Putin informou [Macron] sobre a provocação por parte de radicais ucranianos na zona da central nuclear de Zaporíjia", indicou o Kremlin em comunicado, esclarecendo que os níveis de radiação "estão normais" e ainda acusando a Ucrânia de impedir a saída de civis na cidade de Mariupol, que as forças russas têm cercada e sob ataque há cinco dias.
Segundo as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, mais de 181 mil refugiados terão chegado à Rússia a partir da Ucrânia, incluindo cerca de 162 mil residentes dos autoproclamados estados independentes, avança um representante de ambas à TASS.
O presidente francês, Emmanuel Mácron, falou novamente ao telefone com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, após o alerta de Zelensky de que as tropas russas planeiam bombardear o porto de Odessa.
Segundo a presidência francesa, a chamada telefónica entre os dois chefes de Estado começou às 12h30 locais (11h30 em Lisboa). Segundo a agência russa, os dois falaram durante uma hora e 45 minutos.
Na última conversa com Putin, na quinta-feira, Macron disse mesmo que "o pior ainda está para chegar" no conflito ucraniano.
Oficiais ucranianos confirmaram a falha na retirada de civis em Mariupol. O porta-voz do ministro do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, a avançar que os planos de evacuação falharam devido a um ataque.
"Não podem existir 'corredores verdes' porque só o cérebro distorcido de russos decide quando é que pode começar a disparar e a quem", afirmou na rede social Telegram, citado pelaAssociated Press.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou este domingo que mísseis russos destruíram por completo o aeroporto regional de Vinnytsia, no centro do país.
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A cidade situa-se a cerca de 350 quilómetros da capital, Kiev, e o fogo que resultou dos mísseis está ainda a ser combatido.
Pelo menos 1.000 pessoas que protestavam contra a intervenção militar na Ucrânia foram hoje detidas em cerca de 30 cidades da Rússia, segundo a organização não-governamental (ONG) OVD-Info, especializada na monitorização de manifestações.
Segundo esta fonte, perto de 10.000 manifestantes foram detidos no país desde 24 de fevereiro, data do início das operações militares na Ucrânia.
Apesar da intimidação das autoridades e da ameaça de prisão, ações de protesto, ainda que limitadas, têm vindo a acontecer diariamente, nos últimos 10 dias, em diferentes cidades russas.
O principal opositor do regime, Alexei Navalny, atualmente preso e frontalmente contrário ao conflito, pediu esta semana aos russos que se reúnam todos os dias na praça principal da sua cidade para exigir a paz na Ucrânia.
De acordo com a OVD-Info, mais de 200 pessoas foram interpeladas nas grandes cidades de Novosibirsk e Yekaterinburg, estando também em curso ações em Moscovo, onde a polícia foi destacada para o centro da cidade.
O corredor humanitário criado para retirar civis de Mariupol terá voltado a falhar este domingo, depois de um oficial ucraniano ter acusado as forças russas de continuarem a bombardear a cidade em zonas que deveriam ser de cessar-fogo temporário.
À Ukraine 24, citado pelaReuters, um soldado do Batalhão da Guarda Nacional de Azov acusa as forças russas e separatistas pró-russos de cercar a cidade e violar o cessar-fogo, enquanto, à agência de notícias Interfax, um oficial da administração da região de Donetsk culpa os ucranianos por não respeitarem o cessar-fogo.
Segundo a autoproclamada república, cerca de 300 pessoas saíram da cidade este domingo, mas o plano das autoridades ucranianas pretendia evacuar mais de 200 mil de Mariupol.
O presidente russo, Vladimir Putin, teve este domingo uma conversa por telefone durante uma hora com o homólogo da Turquia, Tayyip Erdogan, em que este lhe pediu para declarar um cessar-fogo na Ucrânia, abrir corredores humanitários para facilitar a saída de civis e ainda a assinatura de um tratado de paz.
No entanto, em reação, o Kremlin anunciou que a Rússia irá ordenar às suas forças militares que parem se as forças ucranianas fizerem o mesmo e se as exigências de Moscovo forem correspondidas.
Putin terá dito, segundo o comunicado do Kremlin, que a "operação militar especial" está a correr de acordo com o plano e segundo a agenda, esperando que os negociadores ucranianos tomem uma abordagem mais construtiva no próximo encontro, agendado para segunda-feira, tendo em conta a realidade no terreno.
A Turquia demonstrou-se disponível para contribuir para uma resolução pacífica do conflito, apelando a um cessar-fogo de maneira a resolver situações humanitárias.
O Papa considerou a guerra na Ucrânia uma "loucura" e lamentou os "rios de sangue e lágrimas" derramados após a invasão da Rússia, recusando que esta seja uma "operação militar" como Moscovo diz.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou na mais recente transmissão televisiva que as forças russas estão a preparar-se para bombardear a cidade de Odessa, a sul do país, junto ao Mar Negro.
"Bombardear Odessa? Seria um crime de guerra, um crime histórico", disse na sua transmissão diária, partilhada através da rede social Telegram, definindo esta guerra com a Rússia como uma "luta entre a vida e a escravidão".
"Estamos a definir as nossas fronteiras. Os cidadãos da Rússia estão a fazer a mesma escolha neste momento. Não percam esta oportunidade. Não se deixem silenciar", apelou ao povo russo.
Zelensky voltou ainda a pedir ao mundo para "fechar os céus da Ucrânia aos mísseis russos". "Precisamos de aviões, para garantir a segurança do céu da Ucrânia, do céu da Europa."
Em Lviv reza-se pela paz na Catedral de São Paulo e São Pedro. Milhares de greco-católicos assistem às missas de hora a hora.
O banco central russo instruiu hoje os bancos a deixarem de publicar os seus balanços financeiros devido às sanções ocidentais impostas após a invasão da Ucrânia, que ameaçam dizimar o setor bancário e as poupanças da população.
Alguns dos maiores bancos da Rússia foram excluídos do sistema interbancário internacional Swift, limitando as suas capacidades de transações no exterior. A moeda russa entrou em colapso e foram impostas restrições à compra de divisas para tentar sustentar o rublo.
"O Banco da Rússia tomou a decisão de limitar temporariamente a publicação de balanços pelas organizações de crédito nos seus ‘sites’ e no do Banco da Rússia", disse o banco central.
"Trata-se de limitar os riscos para as organizações de crédito na sequência das sanções dos países ocidentais", acrescentou.
Estas instituições continuarão a ter de apresentar ao banco central os seus balanços, mas estes deixarão de ser divulgados publicamente.
As autoridades russas estão a intensificar as medidas para tentar conter a fuga de capitais e evitar um clima de pânico que poderia apoderar-se da população se os bancos viessem a ficar sem liquidez.
Desde o início da invasão à Ucrânia, que começou no dia 24 de fevereiro, a Rússia já destruiu 2.203 infraestruturas militares ucranianas, avançou o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, citado pelasagências noticiosas russas.
"No total, 2.203 infraestruturas militares da Ucrânia foram atacadas durante esta operação. Entre estas estão 76 postos de comando e centros de comunicação das forças armadas ucranianas", refere, acrescentando o ataque a 111 tanques S-300 e sistemas de mísseis e a 71 estações e antenas.
Foram ainda "eliminados", segundo os russos, 24 aeronaves no ar, 62 drones e 553 veículos militares.
A ONU acaba de avançar que o número de pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia já ultrapassou os 1,5 milhões, tornando esta a crise de refugiados "de crescimento mais rápido" na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
More than 1.5 million refugees from Ukraine have crossed into neighbouring countries in 10 days — the fastest growing refugee crisis in Europe since World War II.
Depois de anunciada a abertura dos corredores humanitários para a retirada de civis da cidade de Mariupol, a autarquia divulgou um vídeo em que mostra os primeiros autocarros a saírem de Zaporínjia rumo à região para a recolha de cidadãos ucranianos.
A autoproclamada república de Donetsk diz ter retirado 300 civis da cidade de Mariupol e do distrito de Novoazovsky, apesar de "provocações de nacionalistas ucranianos", anunciou a região separatista, citada pela agência russaRIA.
"Apesar das provocações em relação ao rumo dos corredores humanitários, a República de Donetsk evacuou mais de 300 pessoas de Mariupol e dos territórios do distrito de Novoazovsky", indicou o quartel-general da mesma em comunicado.
A segunda tentativa de evacuação de civis deverá acontecer este domingo, depois de autoridades ucranianas terem denunciado violações do cessar-fogo temporário por parte de forças russas no local, indicando não existirem condições de segurança para a abertura de corredores humanitários em Mariupol.
A rádio norte-americana Radio Free Europe/Radio Liberty anunciou que vai deixar de fazer reportagens a partir da Rússia, depois de aprovada uma lei que pune com prisão até 15 anos quem "divulgar informações falsas".
A rádio suspendeu as operações na Rússia "depois das autoridades locais terem iniciado um processo de falência contra a delegação na Rússia e depois da polícia ter intensificado a pressão sobre os jornalistas", de acordo com um comunicado.
Os "ataques do Kremlin" são "o culminar de uma campanha de pressão" durante anos, alegou a emissora, que mantinha uma presença física na Rússia desde 1991, quando estabeleceu um escritório em Moscovo a convite do então Presidente russo Boris Ieltsin.
A Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL) garantiu que vai continuar a escrever notícias sobre a Rússia, a partir do estrangeiro, e "a dizer a verdade sobre a invasão catastrófica da Rússia ao seu vizinho", a Ucrânia.
A RFE/RL foi um das cinco órgãos de comunicação social, sediados fora do país, mas que publicam notícias em russo, bloqueadas na sexta-feira pelo regulador russo das comunicações, Roskomnadzor.
Os corredores humanitários em Mariupol e Volnovaja serão novamente abertos durante a manhã deste domingo, avançou o vice-presidente da república de Donetsk, Eduard Basurin, citado pela agência russaTASS.
"Durante a manhã, os corredores humanitários voltarão a abrir, tanto em Mariupol como em Volnovaja. Esperamos que os comandantes ucranianos encarregados de defender as cidades levem os seus subordinados a desbloquearem as saídas para que civis possam sair", disse a jornalistas.
A retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovaja, no leste da Ucrânia, estava inicialmente prevista para sábado, tendo sido suspensa após acusações ucranianas de violação do cessar-fogo temporário por parte de forças russas, não garantindo assim a segurança nos corredores humanitários.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse ter falado novamente com Joe Biden por telefone com o objetivo de discutir o apoio financeiro dos EUA à Ucrânia e sanções contra a Rússia.
As part of the constant dialogue, I had another conversation with @POTUS. The agenda included the issues of security, financial support for Ukraine and the continuation of sanctions against Russia.
Na chamada com o presidente norte-americano falaram de "questões de segurança" e as "sanções contínuas" à Rússia pela invasão da Ucrânia. A Casa Branca confirmou a conversa telefónica durante mais de 30 minutos, sem adiantar pormenores.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a China se opõe a quaisquer ações que "lancem mais achas para a fogueira" na Ucrânia.
Wang pediu negociações para resolver a crise na Ucrânia, bem como conversas sobre a criação de um mecanismo de segurança europeu "equilibrado", de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Num telefonema realizado no sábado, o diplomata chinês disse ainda que os EUA e a Europa devem prestar atenção ao impacto negativo que a expansão da NATO para o leste tem para a segurança da Rússia.
Durante a conversa, Blinken mais uma vez pressionou a China a ser mais crítica com a Rússia, indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Ned Price, em comunicado.
A organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) defendeu, no sábado, que é "imperativo" retirar rapidamente a população da cidade ucraniana de Mariupol, cercada pelo exército russo, devido à situação humanitária "catastrófica".
"Em Mariupol, a situação é catastrófica e piora de dia para dia", disse Laurent Ligozat, coordenador de emergências da ONG na Ucrânia.
"Hoje (sábado), já não há água; as pessoas têm enormes dificuldades de acesso a água potável e isso está a tornar-se um problema essencial. Já não há eletricidade, já não há aquecimento. A comida está a acabar, as lojas estão vazias", descreveu o responsável da MSF, a partir da cidade de Lviv, no oeste do país.
A MSF tinha já equipas naquela cidade portuária estratégica de cerca de 450.000 habitantes antes da invasão russa da Ucrânia, na semana passada. A ONG tem ainda no terreno pessoal, que ali está retido há vários dias.
Após diversos dias de bombardeamentos, a Rússia anunciou no sábado de manhã um cessar-fogo e a abertura de corredores humanitários para retirar os civis encurralados pelos combates em Mariupol, no mar Negro, e na cidade vizinha, Volnovakha, igualmente sitiada.
Mas, logo a seguir, os ucranianos adiaram a retirada da população, invocando violações do cessar-fogo pelas forças russas, o que estas desmentiram.
"Desde há vários dias que simplesmente ninguém entra ou sai da cidade", lamentou Ligozat, emitindo um apelo aos beligerantes para que permitam que os civis abandonem o local.
"É imperativo que esse corredor humanitário, que poderia ter sido criado hoje (sábado), mas realmente não foi, devido ao desrespeito do cessar-fogo, seja rapidamente criado para permitir às populações civis, às mulheres e às crianças, sair dessa cidade", exortou.
O Ministério da Defesa avança agora que a Rússia já perdeu mais de 11 mil soldados, não detalhando se se tratam de mortes ou capturas. Além disso, as forças ucranianas dizem ter abatido 285 tanques, 44 aviões e 48 helicópteros.
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Bom dia.
Este é o décimo primeiro dia da guerra na Ucrânia, após invasão de forças russas. O dia de ontem ficou marcado por violações ao cessar-fogo em duas cidades ucranianos que impediram a retirada de civis em Mariupol e Volnovaja.
Também ficou a saber-se que haverá nova ronda de negociações na segunda-feira entre Ucrânia e Rússia. Israel propôs uma intermediação neste conflito - e a China também poderá ter uma palavra a dizer.
O que vier a acontecer na Faixa de Gaza moldará o futuro da Democracia, do Estado de Direito e dos direitos humanos no Mundo.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
A venda do Novo Banco culmina num prémio milionário à rapina que empobrece Portugal.
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres