O presidente russo fez o habitual discurso anual do Estado da Nação onde os temas centrais foram, mais uma vez, a guerra na Ucrânia e a relação com o Ocidente.
O presidente russo, Vladimir Putin, fez esta quinta-feira o seu habitual discurso sobre o Estado da Nação onde atualizou a elite russa sobre a guerra na Ucrânia e as capacidades nucleares de Moscovo. Daqui a duas semanas haverá eleições presidenciais e Putin é recandidato.
O líder russo começou por justificar a invasão: "Hoje, quando a nossa pátria defende a sua soberania e segurança ao mesmo tempo que protege as vidas dos nossos compatriotas no Donbass e Novorossiya, o papel decisivo nesta luta justa pertence aos nossos cidadãos, à nossa unidade, devoção ao nosso país e responsabilidade pelo seu destino". Por estas razões Putin sublinhou que "logo no início da operação militar especial, foi apoiada pela maioria absoluta do povo russo".
E garantiu ainda que não foi ele que provocou a guerra no Donbass: "Como já disse muitas vezes, faremos tudo para acabar com ela, para erradicar o nazismo, para cumprir todas as tarefas da operação militar especial, para proteger a soberania e a segurança dos nossos cidadãos".
O líder russo aproveitou também para reforçar que o país pretende manter-se soberano e continuar a "desenvolver as instituições da democracia e não permitiremos que ninguém interfira nos nossos assuntos internos". Assim sendo acusou o Ocidente de perpetuar "o seu comportamento colonial e o seu hábito de fomentar conflitos nacionais em todo o mundo" e travar o desenvolvimento russo: "Em vez da Rússia, eles querem um lugar dependente, em declínio e moribundo, onde possam fazer o que quiserem".
Putin admite estar pronto para "dialogar com os Estados Unidos sobre questões de estabilidade estratégica", apesar de considerar que o interesse de Washington em tais conversações é "demagogia" para "mostrar aos seus cidadãos e a todos os outros que ainda governam o mundo".
Durante o discurso, o presidente russo afirmou que são frequentemente espalhadas "acusações infundadas contra a Rússia" como é o caso da implementação de "armas nucleares no espaço".
Relativamente àpossibilidade da NATO enviar tropas para a Ucrânia, levantada por Emmanuel Macron, presidente francês, no início desta semana, Putin deixou uma ameaça: "Lembramo-nos do destino daqueles que uma vez enviaram os seus contingentes para o território do nosso país. Mas agora as consequências para possíveis intervencionistas serão muito mais trágicas. Eles têm de entender que também temos armas e que podemos atingir alvos no seu território. Isto realmente possibilita um conflito com o uso de armas nucleares e a destruição da civilização".
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