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Presidência russa defende legitimidade das eleições e adverte contra boicote

26 de dezembro de 2017 às 14:15
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A Comissão Eleitoral da Rússia anunciou na segunda-feira que Navalny não pode candidatar-se às eleições de Março próximo.

A presidência russa defendeu hoje a legitimidade das presidenciais de 2018, depois da rejeição da candidatura do principal opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, e advertiu que o apelo deste a um boicote eleitoral pode ser ilegal.

Numa decisão esperada por muitos observadores, a Comissão Eleitoral da Rússia anunciou na segunda-feira que Navalny não pode candidatar-se às eleições de Março próximo.

O opositor divulgou pouco mais tarde um vídeo em que afirmou que a proibição de se candidatar mostra que o presidente russo "está terrivelmente assustado" e "tem medo de concorrer" contra si e apelou para um boicote da eleição.

Putin, no poder há 18 anos, anunciou no princípio do mês que é candidato. Com uma taxa de popularidade de 80%, as sondagens atribuem-lhe uma vitória fácil.

O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, recusou hoje comentar a rejeição da candidatura de Navalny, mas afirmou que "apelos ao boicote devem ser cuidadosamente analisados porque podem ser ilegais".

Peskov afastou por outro lado qualquer possibilidade de a não candidatura de Navalny afectar a legitimidade de uma reeleição de Putin.

O presidente russo deverá defrontar os habituais candidatos: o líder comunista Guenadi Ziuganov, o ultra-nacionalista Vladimir Jirinovski e o liberal Grigori Iavlinski. A par deles, Ksenia Sobchak, uma vedeta da televisão, também deve ser candidata.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.