
Rússia avisa que resolução do conflito com Ucrânia "é um processo longo"
"É um processo longo, requer esforço e não é fácil", disse hoje o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
"É um processo longo, requer esforço e não é fácil", disse hoje o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
Embora as autoridades russas tenham anteriormente referido que os cortes são realizados devido a ataques com 'drones', meios de comunicação social independentes indicam que estes também estão a ser realizados para testar cortes com o objetivo de censura ou perante possíveis protestos.
O presidente dos EUA anunciou na segunda-feira um acordo para o envio de armamento à Ucrânia, incluindo as baterias antimísseis Patriot.
Os russos e os ucranianos reuniram-se em Istambul na segunda-feira, para uma segunda ronda de negociações sob mediação turca, após uma primeira reunião em 16 de maio.
No domingo, Trump tinha expressado desagrado com a falta de avanços nas negociações para um cessar-fogo na Ucrânia e com a continuação dos ataques russos contra território ucraniano.
"A Ucrânia pode agora defender-se, por exemplo, atacando posições militares na Rússia", disse Merz, embora tenha evitado esclarecer se o seu Governo entregará mísseis de longo alcance Taurus à Ucrânia, como tinha prometido antes de se tornar chanceler.
"Se Vladimir Putin se recusar a ir à Turquia, será o último sinal de que a Rússia não quer pôr fim a esta guerra, que não está disposta a negociar", defendeu o chefe do gabinete presidencial ucraniano.
"Vladimir Putin reafirmou que o lado russo estava pronto para retomar o processo de negociação com a Ucrânia sem quaisquer condições prévias", disse Dmitri Peskov, citado pela imprensa russa.
Presidente ucraniano acrescentou que, se não aceitar a extensão da pausa nas hostilidades e uma trégua nos ataques aéreos, a Rússia demonstrará mais uma vez que o seu objetivo é "prolongar a guerra".
A Rússia anunciou que a trégua só entrará em vigor quando as restrições ocidentais ao comércio de cereais e fertilizantes russos forem levantadas, incluindo as sanções bancárias e de seguros.
Entretanto, a Rússia demonstrou hoje que pretende prosseguir o diálogo com os Estados Unidos sobre a Ucrânia, incluindo com outros interlocutores, nomeadamente as Nações Unidas.
Rustem Umerov, que lidera a delegação ucraniana na capital saudita, indicou que a agenda da reunião inclui propostas para proteger as instalações energéticas e as infraestruturas críticas.
"Se os EUA deixarem de ser (um fornecedor militar) ou suspenderem estas entregas, esta será provavelmente a melhor contribuição para a paz", disse Dmitry Peskov.
O porta-voz do Kremlin referiu que "ninguém tem o direito de ditar as regras a outro país", mas considerou ser "completamente diferente quando se trata de questões de segurança e alianças militares".
A Presidência ucraniana já tinha advertido que a Ucrânia se opõe a quaisquer negociações de paz entre Putin e Trump se Kiev e a Europa não estiverem envolvidas.
O Presidente russo manifestou, por outro lado, disponibilidade para retomar o diálogo com Washington, que foi interrompido no seguimento da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.