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Portugal espera "estabilidade institucional" com novo presidente na Guiné-Bissau

01 de janeiro de 2020 às 15:23
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Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática, foi eleito Presidente da Guiné-Bissau com 53,55 % dos votos.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros expressou hoje a firme intenção de Portugal colaborar com o novo Presidente eleito da Guiné-Bissau, incrementando a colaboração no quadro bilateral, e multilateral, com aquele país africano de língua oficial portuguesa.

Augusto Santos Silva falava à agência Lusa sobre o desfecho das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, que Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática, venceu à segunda volta, com 53,55% dos votos, segundo resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Em declarações à Lusa, Santos Silva salientou o "enorme civismo e maturidade democrática demonstrados pelo povo guineense nestas eleições presidenciais", notando que estas "são muito importantes porque fecham um ciclo político-eleitoral" que todos esperam que resulte na "estabilidade institucional da Guiné-Bissau".

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros quis ainda "registar e saudar" o facto de os resultados eleitorais indicarem uma possível vitória do candidato Umaro Sissoco Embaló, aproveitando para, em nome de Portugal, manifestar a vontade do Estado português em colaborar com o novo Presidente guineense da "mesma forma que tem colaborado com todas as autoridades guineenses".

"Isto é, com o único propósito de aprofundar o nosso relacionamento bilateral, incrementando o nível da nossa cooperação no quadro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ou em outros quadros multilaterais" e também colaborar com a Guiné-Bissau "nas agendas de interesse comum para ambos os países".

De acordo com os resultados apresentados pela CNE, em Bissau, Umaro Sissoco Embaló foi eleito Presidente da Guiné-Bissau com 53,55 % dos votos.

O candidato derrotado Domingos Simões Pereira obteve 46,45 % dos votos e só ganhou nas regiões de Biombo, Bolama/Bijagós, diáspora e setor autónomo de Bissau.

Umaro Sissoco Embaló venceu nas regiões de Pombali, Quinara, Oio, Bafatá, Gabu e Cacheu.

Votaram 555.521 eleitores (71,92 %) e a abstenção foi de 27,33%, uma subida em relação à primeira volta quando se abstiveram mais de 25%.

A segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau realizou-se no domingo.

Editorial

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