Sábado – Pense por si

Polícia na Macedónia lança gás lacrimogénio sobre migrantes

Médicos sem fronteiras falam em feridos com balas de borracha. Autoridades da Macedónia negam a sua utilização

A polícia da Macedónia disparou gás lacrimogénio sobre centenas de imigrantes que pretendiam passar a fronteira ao Norte da Grécia, uma região onde estão mais de dez migrantes.

"Dezenas de pessoas ficaram feridas, sobretudo com problemas respiratórios e três tiveram de ser transportadas para o hospital de Kilkis", uma cidade próxima de Idomeni, declarou à agência France Presse Achileas Tzemas, um responsável da organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras.

Tzemas indicou ainda que alguns migrantes foram feridos com balas em plástico, mas a polícia macedónia negou ter utilizado as balas.

"Utilizámos produtos químicos autorizados e nenhum tipo de bala", declarou à AFP Liza Bendvska, uma porta-voz da polícia macedónia.

Uma fonte policial macedónia indicou que três polícias macedónios foram feridos com pedras.

Os incidentes começaram hoje ao final da manhã quando cerca de 500 migrantes concentrados na barreira fronteiriça para pedir a abertura da fronteira tentaram forçar a cerca e lançaram pedras contra os polícias macedónios.

Mais de 11 mil imigrantes e refugiados estão acampados há um mês e meio em condições miseráveis em Idomeni, no norte da Grécia, e manifestam-se quase diariamente pela abertura da fronteira, fechada desde o início de março, no quadro do bloqueio da designada "rota dos Balcãs" para os países do norte da Europa.

O governo grego tem tentado convencer os migrantes a sair daquele centro e a serem transferidos para outros, mas eles preferem ficar em Idomeni e esperar pela reabertura da fronteira.

Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.