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Polícia chinesa desmonta fraude avaliado em milhares de milhões de euros

A polícia de Xangai desmontou um gigantesco esquema em pirâmide que terá arrecadado 4 620 milhões de euros, em mais um caso que expõe a dimensão dos mecanismos de investimento informais na China

O esquema era gerido pela firma Zhongjin 1824, que lhe dava uma face legal, e cujo presidente executivo, Xu Qin, foi detido pela polícia no aeroporto quando se preparava para deixar o país.

Entretanto mais de 20 pessoas estão a ser interrogadas, após terem sido encontradas provas de fraude e recepção de depósitos de forma ilegal, avança hoje o jornal de Hong KongSouth China Morning Post.

O caso veio a público um dia após o governo de o município de Xangai, a capital económica da China, ter apelado à polícia para que fortaleça o controlo sobre os sistemas de financiamento informais.

Funcionários da Zhongjin terão alegadamente burlado os seus investidores ao entregar informação falsificada sobre transacções financeiras, avançou a revista económica Caixin.

Fundada em 2012, com um capital registado de 1,36 milhõe de euros), a Zhongjin 1824 apresentava-se como um fundo de capital privado, com escritórios na concorrida zona do Bund, a icónica marginal de Xangai.

Através de publicidade na Internet e, inclusive, na televisão estatal, cultivou uma imagem credível, que atestava com taxas de juros mensais de até dois por cento e que, até agora, pagou sempre dentro do prazo.

Em Dezembro passado, as autoridades chinesas desmontaram um outro esquema Ponzi, que ludibriou cerca de 900 000 pessoas em mais de sete mil milhões de euros.

A redução consecutiva das taxas de juro no sistema bancário chinês e a recente volatilidade no mercado bolsista, aliados à incerteza no sector imobiliário, terão atraído cada vez mais investidores chineses para esquemas de angariação ilegal de fundos.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.