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Papa critica planos de Trump para oleoduto no Dakota

15 de fevereiro de 2017 às 14:32
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O papa afirma que os povos indígenas devem dar consentimento prévio a qualquer actividade económica nas suas terras.

O papa Francisco criticou hoje, indirectamente, a intenção da nova administração norte-americana, de Donald Trump, de construir um oleoduto no Dakota, ao afirmar que os povos indígenas devem dar consentimento prévio a qualquer actividade económica nas suas terras.

Já com Donald Trump como presidente, a Casa Branca anunciou que pretende avançar com a construção de um "pipeline" - orçado em 3,8 mil milhões de dólares (3,58 mil milhões de euros) - apesar da oposição de tribos índias americanas, que afirmam que o projecto afecta terras que historicamente lhes pertencem.

O papa Francisco reuniu-se hoje com representantes dos povos indígenas que foram a Roma para um encontro da ONU sobre agricultura. O sumo pontífice disse que a questão essencial que se coloca é a de como conciliar o direito ao desenvolvimento com a protecção das culturas e territórios ancestrais.

"O direito ao consentimento prévio e informado" deverá prevalecer sempre "quando se planeia actividades económicas que possam interferir com as culturas indígenas e com a sua relação ancestral com a Terra, tal como exige o artigo 32 da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas", disse o papa.

As tribos Cheyenne River e Sioux Standing Rock puseram a administração norte-americana em tribunal para parar com o projecto Dakota Access.

Francisco pediu "inclusão, e não apenas consideração". Isso implica "que os governos reconheçam que as comunidades indígenas são uma parte da população que deve ser valorizada e consultada, fomentando a sua plena participação, a nível local e nacional".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.