Segundo a Homeland Security Investigations entre os detidos existiam imigrantes que entraram de forma ilegal no país e outros que entraram legalmente, mas que os seus vistos já tinham caducado ou os impediam de trabalhar.
Centenas de agentes federais norte-americanos
levaram a cabo uma operação numa fábrica de veículos elétricos da Hyundai no
Estado da Geórgia e encontraram 475 imigrantes ilegais, a maioria cidadãos
sul-coreanos.
Vista exterior da fábrica da Hyundai Motor GroupAP Photo/Mike Stewart, File
Esta é a mais recente operação em
fábricas e outros locais de trabalho parte da agenda de deportações em massa do
governo de Donald Trump, no entanto esta foi uma das mais importantes dos últimos meses, não só
devido ao grande número de detidos como por o alvo ter sido o maior projeto de
desenvolvimento económico da Geórgia.
Outra das singularidades deste
caso é o facto de os imigrantes detidos serem maioritariamente sul-coreanos,
este sábado o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul referiu que entre
as 475 pessoas mais de 300 são sul-coreanas, uma vez que estes imigrantes tendem a ser muito menos vezes detidos do que os provenientes da América
Latina.
O governo sul-coreano já expressou
“preocupação e pesar” pela operação e enviou diplomatas para o local. “As
atividades comerciais dos nossos investidores e os direitos dos nossos cidadãos
não devem ser injustamente violados no processo de aplicação da lei dos Estados
Unidos”, afirmo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiro, Lee
Jaewoong.
Steven Schrank, agente responsável
pela Homeland Security Investigations na Geórgia, já esclareceu que entre os
detidos existiam imigrantes que tinham entrado de forma ilegal no país e outros
que tinham entrado legalmente, mas que os seus vistos já tinham caducado ou que
tinham entrado com um visto que os impedia de trabalhar. O agente afirmou
também que a operação foi o resultado de uma investigação de meses ao local e
que, no momento das detenções, a polícia federal recolheu também registos dos trabalhadores
atuais e antigos, cartões de ponto e vídeo e fotos de trabalhadores.
Dois dos detidos estão a ser representados
pelo advogado Charles Kuck, que disse que ambos tinham entrado nos Estados
Unidos através de um programa de isenção de vistos que lhes permitia viajar em
turismo ou negócios durante 90 dias sem precisarem de mais nenhuma autorização.
O advogado defendeu que um dos seus clientes está nos Estados Unidos há poucas
semanas e o outro há cerca de 45 dias, garantido ainda que ambos pretendiam
voltar para casa em breve.
A Hyundai Motor Company emitiu um
comunicado na sexta-feira onde refere que não tem conhecimento de nenhum dos
seus funcionários terem sido detidos e garantiu que está a rever as suas práticas
para que os seus fornecedores e subcontratados cumpram as leis laborais dos
Estados Unidos.
A maior parte dos detidos foram
levados para um centro de detenção de imigrantes em Folkston, perto da fronteira
com a Flórida e até ao momento nenhum delas foi acusada de qualquer crime. Também
ainda não foi identificado quem é que contratou “centenas de imigrantes ilegais”:
“A identidade da empresa ou contratante é atualmente desconhecida”, declarou o
Ministério Público norte-americano.
As promessas de Donald Trump de
levar a cabo “detenções em massa” têm originado várias operações em empresas e
fábricas. Também na quinta-feira os agentes federias detiveram dezenas de
trabalhadores de uma fábrica de comida em Cato, no Estado de Nova Iorque e em
julho uma grande operação a uma plantação legal de cannabis em Los Angeles
terminou com 360 detidos.
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