A organização não-governamental norte-americana Rahma Worldwide calcula que mais de um milhão de palestinianos estão em risco de morrer à fome.
As autoridades israelitas "estão a matar à fome" a população de Gaza, denunciou hoje a agência das Nações Unidas que presta assistência aos refugiados palestinianos (UNRWA), exigindo o fim do bloqueio à ajuda humanitária no território palestiniano.
"As autoridades israelitas estão a matar à fome os civis em Gaza. Entre eles há um milhão de crianças. Levantem o bloqueio: permitam que a UNRWA faca chegar alimentos e medicamentos", instou a agência, em comunicado publicado na rede social X.
A UNWRA assegura ter alimentos suficientes para nutrir os 2,1 milhões de habitantes de Gaza durante mais de três meses.
A falta de alimentos em Gaza é tão severa que também a organização não-governamental Rahma Worldwide, baseada nos Estados Unidos, calcula que mais de um milhão de palestinianos estão em risco de morrer à fome.
Segundo a organização, há "uma afluência sem precedentes" de pessoas com desnutrição extrema aos hospitais, "em estado de esgotamento e perda de mobilidade devido à fome prolongada".
Este retrato tem sido confirmado, nos últimos dias, por vários hospitais em Gaza.
Um médico de uma unidade em Nasser, no sul do território, descreveu que as famílias estão a recorrer a água com sal para tentar acalmar os dos seus filhos.
Nas últimas 48 horas, pelo menos três bebés e uma criança morreram por inanição e desnutrição, disse à agência espanhol EFE um funcionário do Ministério da Saúde de Gaza.
Segundo as autoridades de saúde de Gaza, estima-se que 17.000 crianças sofram de subnutrição aguda no enclave palestiniano, o que também aumentou a percentagem de nascimentos de bebés com baixo peso, bem como o número de abortos espontâneos e de nados-mortos.
Israel tem bloqueado a entrada de alimentos desde 02 de março, e os poucos camiões da ONU que entraram no enclave desde essa altura — a maioria transportando farinha — foram saqueados ou não conseguiram distribuir os alimentos em segurança.
Desde o final de maio, Israel tem forçado a distribuição de ajuda através de complexos militarizados em Rafah, onde mais de 900 palestinianos foram mortos pelas tropas ou esmagados no último mês e meio, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Os pontos de distribuição têm o tamanho de campos de futebol, estão rodeados de postos de segurança, arame farpado e montes, e a única entrada é através de uma vedação.
As paletes de comida são colocadas no chão e os palestinianos têm de correr para apanhá-las, sendo que muitas vezes as tropas israelitas disparam contra a multidão.
Israel argumenta que quer impedir que a distribuição de ajuda seja controlada pelo movimento extremista palestiniano Hamas, que desencadeou a atual guerra em Gaza, após ter realizado ataques, em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns em Israel.
A retaliação de Israel já provocou mais de 58 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Associated Press
ONU denuncia que Israel está a matar população de Gaza à fome
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