"As autoridades venezuelanas continuam a violar o direito de reunião pacífica ao dispersar de forma violenta as manifestações", pode ler-se no documento da ONU enviado à agência EFE, que instou as autoridades daquele país a "cessar o uso de força excessiva para reprimir as manifestações".
O Escritório do Alto Comissário "lamentou" ainda a morte de cerca de uma dezena de pessoas este domingo, 30, durante a realização das eleições para a Assembleia Constituinte. "Fazemos um apelo para que essas mortes sejam investigadas de forma rápida, eficaz e independente e pedimos a total cooperação do Governo com as investigações", referiu.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo também se manifestou esta segunda-feira sobre a situação na Venezuela, apelando à comunidade internacional para ter "contenção" e renunciar a planos "destrutivos".
"Esperamos que os membros da comunidade internacional, que querem rejeitar os resultados das eleições venezuelanas e aumentar a pressão económica sobre Caracas, mostrem moderação e renunciem aos planos destrutivos que podem agravar a polarização da sociedade" venezuelana, advertiu o Ministério, em comunicado.
A nota também sublinhou que "agora é importante evitar uma nova espiral de violência e a sua transformação em novas formas de confrontos". "É preciso criar as condições propícias, também externas, para que a Assembleia Constituinte possa lançar as bases de uma solução pacífica para as contradições que existem na sociedade venezuelana", assinalou o documento.
Moscovo também lamentou que a oposição da Venezuela "tenha ignorado o apelo para participar nas eleições" e "tenha tentado impedir a sua celebração, causando confrontos que provocaram mortes"