Sábado – Pense por si

ONU condena "uso da força excessiva em manifestações"

31 de julho de 2017 às 18:43
As mais lidas

Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusa o país de "continuar a violar" o direito à liberdade de reunião. Rússia pede "contenção" às comunidades internacionais

O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou esta segunda-feira a Venezuela de "violar" o direito à liberdade de reunião e ainda de dispersar de forma "violenta" os manifestantes. 

"As autoridades venezuelanas continuam a violar o direito de reunião pacífica ao dispersar de forma violenta as manifestações", pode ler-se no documento da ONU enviado à agência EFE, que instou as autoridades daquele país a "cessar o uso de força excessiva para reprimir as manifestações". 

O Escritório do Alto Comissário "lamentou" ainda a morte de cerca de uma dezena de pessoas este domingo, 30, durante a realização das eleições para a Assembleia Constituinte. "Fazemos um apelo para que essas mortes sejam investigadas de forma rápida, eficaz e independente e pedimos a total cooperação do Governo com as investigações", referiu.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo também se manifestou esta segunda-feira sobre a situação na Venezuela, apelando à comunidade internacional para ter "contenção" e renunciar a planos "destrutivos".

"Esperamos que os membros da comunidade internacional, que querem rejeitar os resultados das eleições venezuelanas e aumentar a pressão económica sobre Caracas, mostrem moderação e renunciem aos planos destrutivos que podem agravar a polarização da sociedade" venezuelana, advertiu o Ministério, em comunicado.

A nota também sublinhou que "agora é importante evitar uma nova espiral de violência e a sua transformação em novas formas de confrontos". "É preciso criar as condições propícias, também externas, para que a Assembleia Constituinte possa lançar as bases de uma solução pacífica para as contradições que existem na sociedade venezuelana", assinalou o documento.

Moscovo também lamentou que a oposição da Venezuela "tenha ignorado o apelo para participar nas eleições" e "tenha tentado impedir a sua celebração, causando confrontos que provocaram mortes"

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.