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O 'Capitolgate' americano: quando a realidade mais parece ficção

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 19 de junho de 2022 às 10:00

Começaram as audições públicas sobre o 6 de janeiro negro em Washington. Um guião que mais parece de filme: avisos aos serviços secretos de que o vice-presidente corre perigo... por causa do presidente; uma milícia a mando deste; uma fogueira de provas na Casa Branca. E muito mais, sempre a tocar o inacreditável.

Começou: o comité criado na Câmara de Representantes do congresso americano arrancou com uma série de sete audições públicas, transmitidas pelas principias cadeias de televisão ao longo do mês de junho, numa operação que visa duas coisas: dar ao público informação sobre a gravidade do que se passou a 6 de janeiro de 2021, com a invasão do Capitólio; e emular as célebres audições do caso Watergate que nos anos 70 pararam os EUA e fizeram cair o presidente Richard Nixon. A gravidade das ações de Donald Trump parece maior. E já o era, com tudo o que tem vindo a público, ainda antes das audições.

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