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No México, os assassinatos de mulheres são sinónimo de impunidade

Sebastião Almeida
Sebastião Almeida 20 de setembro de 2021 às 19:15

Relatório divulgado pela Amnistia Internacional alerta para o número crescente de feminicídios ocorridos no México cujo desfecho judicial é esquecido, abandonado ou arquivado. Em 2020, foram mortas 3.723 mulheres. 940 foram investigadas como se tratando de feminicídio.

Os primeiros sinais surgiram em 1998, quando Nadia Muciño Márquez foi espancada durante a gravidez do primeiro filho. Cinco anos depois, em 2003, os pais perderam-lhe o rasto por alguns dias e temeram o pior. Havia sido espancada e presa num terreno baldio pelo marido. Nesses dias de incerteza, a família tentou dá-la como desaparecida, mas a polícia argumentou que não havia passado tempo suficiente para iniciarem as buscas. Nadia decidiu separar-se do marido, mas a reconciliação não tardou. Em 2004, foi encontrada morta na sua residência. O marido encenara a cena do crime para que parecesse que se tratara de um suícidio. Foi preso em 2012 e condenado apenas em 2017.

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