No protesto, participaram várias pessoas com coletes amarelos. Salvini aboliu as autorizações de residência atribuídas por razões humanitárias.
Milhares de manifestantes desfilaram hoje em Roma, Itália, para protestar contra o que consideram uma política mais restritiva no acolhimento de imigrantes imposta pelo governo italiano.
A palavra de ordem do desfile, no qual participaram várias pessoas vestidas com coletes amarelos, era "Get up, Stand up, Stand up for your rights", [Levanta-te e defende os teus direitos, numa tradução livre] inspirado no título da célebre canção de Bob Marley.
"Começamos, nos últimos dois anos, a criminalizar aqueles que salvaram milhares de vidas no mar", as organizações humanitárias com os seus barcos próximos da costa libanesa "para chegarmos ao encerramento dos portos aos navios cheios de náufragos", denunciou o colectivo "Projecto Direitos", que reúne juristas e associações de defesa dos direitos humanos.
"Actualmente, com o decreto Salvini, foi anulada a protecção humanitária, criando uma multidão interminável de pessoas forçadas à clandestinidade", acrescentou o colectivo, em comunicado.
O ministro do Interior e vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, também líder o partido de extrema-direita Liga, fez aprovar um decreto-lei, cuja principal medida foi abolição das autorizações de residência atribuídas por razões humanitárias, que eram concedidas a pessoas vulneráveis, famílias ou mulheres sozinhas e com crianças.
"A medida de segurança evocada pelo ministro do Interior só fará aumentar o número de pessoas sem documentos, atirando-as para a clandestinidade", disse um dos manifestantes, o costa-marfinense Koné Brahima, da Coligação Internacional de Migrantes e Indocumentados.
"Somos contra isso, queremos uma regularização de todos, alojamento para todos, trabalho para todos", acrescentou.
Por seu lado, Tony Scardamaglia, um siciliano de Palermo, considerou que "as últimas escolhas legislativas de Itália provocaram mais discriminação, mais desconforto e dificuldades".
"Construímos mais muros, mais barreiras e mais separação", acrescentou.
As medidas contidas no decreto-lei de Salvini foram também denunciadas por outras associações presentes no protesto, considerando que "orienta o rancor dos grupos sociais empobrecidos pela crise e pelas desigualdades sociais no sentido da intolerância, da xenofobia e do racismo".
Desde 2008, mais de 120 mil pessoas conseguir autorização de residência por razões humanitárias, válida por dois anos e renovável.
Nos últimos anos e até agosto, as comissões de asilo concederam, em média, autorizações humanitárias a 25% dos requerentes de asilo.
Seguindo instruções de Salvini, foi antecipado o fim das autorizações humanitárias, que passaram para 17% em Setembro, 13% em Outubro e apenas 5% em Novembro.
Milhares manifestam-se contra políticas de imigração restritivas em Itália
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Até pode ser bom obrigar os políticos a fazerem reformas, ainda para mais com a instabilidade política em que vivemos. E as ideias vêm lá de fora, e como o que vem lá de fora costuma ter muita consideração, pode ser que tenha também muita razão.
Os magistrados não podem exercer funções em espaços onde não lhes sejam asseguradas as mais elementares condições de segurança. É imperioso que existam vigilantes, detetores de metais e gabinetes próprios para o atendimento ao público, inquirições e interrogatórios.
No feudalismo medieval, o feudo era a unidade básica: uma porção de terra concedida por um senhor a um vassalo, em troca de lealdade e serviço. A terra determinava o poder.
E essa gente está carregada de ódio, rancor e desejos de vingança, e não esquecem nem perdoam o medo e a humilhação que aqueles seus familiares (e, em alguns casos, eles próprios, apesar de serem, nessa altura, ainda muito jovens).