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Médio Oriente: Jornalistas exigem entrada imediata e livre na Faixa de Gaza

Lusa 13:51
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Está marcada para 23 de outubro uma audiência no Supremo Tribunal israelita para exigir a entrada da imprensa no território, mas a Associação de Imprensa Estrangeira defende que não há razão para "esperar tanto tempo".

A Associação de Imprensa Estrangeira (AIE) em Israel e nos territórios palestinianos exigiu esta sexta-feira acesso imediato "livre e independente" dos jornalistas à Faixa de Gaza, na sequência da entrada em vigor de um cessar-fogo.

Jornalistas exigem acesso livre à Faixa de Gaza após cessar-fogo entre Israel e Hamas
Jornalistas exigem acesso livre à Faixa de Gaza após cessar-fogo entre Israel e Hamas AP Photo/Jehad Alshrafi

"As restrições à liberdade de imprensa têm de acabar", defendeu a AIE em comunicado, no qual solicitou ao Governo israelita que reabra Gaza à imprensa estrangeira, depois de dois anos de proibição de entrada de jornalistas.

Israel bloqueou a entrada dos meios de comunicação social estrangeiros em Gaza quando iniciou a sua ofensiva contra o enclave palestiniano, em outubro de 2023, uma medida que a AIE tentou repetidamente anular perante o Supremo Tribunal, sem sucesso.

Embora esteja marcada para 23 de outubro uma audiência no Supremo Tribunal israelita para exigir a entrada da imprensa no território, a AIE acredita que, "depois de permitir ao Estado adiar a sua resposta por mais de um ano", não há razão para "esperar tanto tempo" para reabrir Gaza.

O Exército israelita anunciou hoje que o cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor às 12:00 locais (10:00 em Lisboa), na sequência do acordo alcançado na quarta-feira entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.

"Com o fim dos combates, renovamos o nosso apelo urgente a Israel para que abra as fronteiras imediatamente e permita aos meios de comunicação internacionais o acesso livre e independente à Faixa de Gaza", avançou a associação.

Os jornalistas estrangeiros lamentam que, durante este período, os seus colegas palestinianos "tenham colocado as suas vidas em risco para fornecer reportagens corajosas e incansáveis de Gaza".

Pelo menos 237 profissionais dos 'media' foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita, segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas.

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