A nota destacou que "este incidente ocorreu durante uma manifestação violenta de dezenas de suspeitos palestinianos que queimaram pneus e atiraram pedras às forças" de segurança israelitas.
O exército israelita declarou hoje que a morte de uma ativista norte-americana baleada na cabeça por soldados israelitas durante um protesto contra os colonatos na Cisjordânia, na semana passada, não foi intencional.
"As conclusões indicam que a civil foi ferida muito provavelmente em resultado de um disparo indireto e não intencional dirigido a um instigador", afirmou num comunicado o exército israelita.
A nota destacou que "este incidente ocorreu durante uma manifestação violenta de dezenas de suspeitos palestinianos que queimaram pneus e atiraram pedras às forças" de segurança israelitas.
O exército sublinhou que a polícia também está a investigar a morte da jovem, identificada como Aysenur Ezgi Eygi, de 26 anos e de ascendência turca, acrescentando que as conclusões das suas investigações serão entregues ao Ministério Público militar assim que estiverem concluídas.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, já reagiu a esta investigação, apelando a Israel para que proceda a "mudanças fundamentais" na forma como opera na Cisjordânia.
"Pelo que vimos desta investigação, parece mostrar o que as testemunhas disseram e torna claro que a sua morte foi não provocada e injustificada", disse, antes de acrescentar que "ninguém deve ser baleado e morto por ir a um protesto".
"Ninguém deve pôr a sua vida em risco apenas por exprimir livremente as suas opiniões", acrescentou Blinken, que falava durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo britãnico, David Lammy, numa visita oficial a Londres.
Washington considera que Israel deve alterar as suas regras de atuação na Cisjordânia ocupada e recordou as alegações de "uso excessivo da força" contra os palestinianos e as acções das forças de segurança durante os ataques dos colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
"É inaceitável. Tem de mudar. Vamos dizer isto claramente aos dirigentes do governo israelita", afirmou Blinken, que reiterou que a investigação sobre a morte da ativista, deixou claro que "há problemas graves que têm de ser resolvidos".
"Insistiremos para que sejam resolvidos", reiterou.
A família da ativista apelou a Washington para que ordenasse uma "investigação independente", argumentando que "dadas as circunstâncias do assassínio de Aysenur, uma investigação israelita não é apropriada", enquanto o Governo palestiniano condenou "veementemente" a "execução brutal" da jovem.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, sublinhou na sexta-feira a preocupação do Governo norte-americano com a "morte trágica" de Aysenur e confirmou que Washington contactou o Governo israelita para solicitar mais informações sobre o assunto e a abertura de uma investigação.
As autoridades palestinianas estimam que mais de 690 pessoas morreram e cerca de 5.700 ficaram feridas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde 07 de outubro, quando teve início a guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza.
International Solidarity Movement/Handout via REUTERS
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.