Neste caso, conselheiros de Netanyahu são suspeitos de terem recebido pagamentos de Doha para promover os interesses do Qatar em Israel.
O político israelita e ex-primeiro-ministro Naftali Bennett pediu esta segunda-feira a demissão do chefe do Governo, acusando, após novas revelações, o gabinete de Benjamin Netanyahu de traição em pleno estado de guerra no caso 'Qatargate'.
Antigo líder israelita pede demissão de Netanyahu devido a suspeitas de traiçãoAP
"O gabinete de Netanyahu traiu o Estado de Israel e os soldados das Forças de Defesa de Israel em tempo de guerra e agiu em nome do Qatar para obter ganhos pessoais, enquanto ele próprio tenta encobrir o facto", declarou nas redes sociais Bennett, que foi primeiro-ministro entre 2021 e 2022.
Neste caso, conselheiros de Netanyahu são suspeitos de terem recebido pagamentos de Doha para promover os interesses do Qatar em Israel.
No âmbito da investigação judicial, dois conselheiros de Netanyahu, Yonatan Urich e Eli Feldstein, foram detidos brevemente no final de março.
Uma terceira pessoa implicada, Yisrael Einhorn, vive atualmente na Sérvia.
O canal de televisão i24 noticiou no domingo à noite alegadas conversas entre Feldstein e Einhorn, que, segundo a estação, provam que trabalhavam para o Qatar.
Além disso, Yonatan Urich e Eli Feldstein são suspeitos, de acordo com outros órgãos de comunicação social israelitas, de terem passado informações confidenciais a fontes qataris durante a guerra na Faixa de Gaza, iniciada com um ataque do grupo islamita palestiniano Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.
Naftali Bennett acusou "três dos conselheiros mais próximos do senhor Netanyahu" de terem agido como “agentes pagos” de Doha numa altura em que os soldados israelitas "lutavam e morriam sob balas do Hamas compradas com dinheiro do Qatar", país que alberga líderes dos islamitas palestinianos e é um dos mediadores no conflito na Faixa de Gaza.
"Independentemente de Netanyahu saber ou não que o seu gabinete estava a trabalhar, mediante pagamento, para um inimigo, qualquer das hipóteses exige a sua demissão imediata", exigiu o ex-primeiro-ministro, condenando "o ato de traição mais grave da história de Israel".
Em abril de 2025, Benjamin Netanyahu declarou que o Qatar "não era um inimigo" de Israel, defendendo os seus dois conselheiros que tinham sido detidos.
Naftali Bennett, que anunciou a sua retirada da política em 2022, surge nas sondagens como o favorito para derrotar Benjamin Netanyahu nas eleições parlamentares previstas para 2026.
O líder da oposição, Yair Lapid, apoiou os ataques do seu aliado de candidatura, concordando que "o 'Qatargate 'foi, de facto, o caso de traição mais grave da história do Estado".
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Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.