Presidente da República considerou "boas notícias" a aprovação da Comissão Europeia ao orçamento português e a suspensão das sanções a Portugal e destacou a alegria da amiga Theresa May
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou "boas notícias" a aprovação da Comissão Europeia ao orçamento português e a suspensão das sanções a Portugal, na sequência do encontro com a primeira-ministra britânica, Theresa May, elogiando ainda o conhecimento que esta demonstrou da realidade económica nacional.
"Foi positivo ter verificado que a primeira-ministra tem conhecimento da situação financeira e económica portuguesa e que elogiava essa evolução. Estava tão satisfeita como nós estamos satisfeitos. Isso é um sinal de amizade. Não há nada como os amigos estarem satisfeitos com as boas notícias que são as notícias de hoje no que respeita à aceitação pela União Europeia do orçamento para 2017", disse o chefe de Estado, após reunir com May, em Londres, onde chegou esta quarta-feira para uma visita de cerca de 24 horas.
A Comissão Europeia anunciou ter concluído que, em função da "acção efetiva" realizada pelas autoridades nacionais, o procedimento por défice excessivo (PDE) deve ser suspenso e de ter sustentado que o país deverá "respeitar o valor de referência" para o défice orçamental de 3% "este ano". A Comissão disse também acreditar que os riscos de incumprimento que identificou no plano orçamental português para 2017 "não se materializarão" e saudou os dados sobre crescimento económico conhecidos na véspera.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou também "muito positiva a conversa quer em termos bilaterais, da compreensão recíproca entre os dois países", quer em termos daquilo que é fundamental para os portugueses, "que é ser encontrada a melhor solução possível no futuro para a União Europeia, para Portugal e, tanto quanto viável, para o Reino Unido".
A saída britânica da União Europeia (UE) foi um dos temas abordados no encontro de menos de uma hora na residência oficial da primeira-ministra, em Downing Street, durante o qual foram enfatizadas as relações históricas entre os dois países, simbolizadas na observação de uma cópia do Tratado de Windsor, de 1386, retirada dos arquivos nacionais propositadamente para esta ocasião.
O chefe de Estado manifestou o interesse de Portugal em que o processo de saída, denominado Brexit, seja pacífico, recusando falar de "preocupações", mas antes do "futuro" das relações do Reino Unido com a União Europeia. "Portugal tem tido ao longo dos tempos um papel importante porque está muito envolvido na União Europeia. Portanto, fará tudo para que, na óptica da UE, esse futuro corra bem. Por outro lado, conhece há muito tempo o Reino Unido. Não é uma relação de hoje, é uma relação secular. E quando as pessoas se conhecem há muito tempo, tal como quando os países se conhecem há muito tempo, facilita o seu relacionamento", vincou.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou ainda que Theresa May comentou o "apreço pelo papel da comunidade portuguesa" no Reino Unido, que cresceu significativamente nos últimos anos e se estima que ronde actualmente o meio milhão de pessoas.
Almoço com potenciais investidores
A visita de Marcelo a Londres começou com um almoço com potenciais investidores em, uma ocasião usada pelo Chefe de Estado para reforçar a ideia que a saída do Reino Unido da União Europeia não deve comprometer as relações bilaterais com Portugal, tal como aconteceu na conversa com May. "O mundo muda, a Europa muda, mas as nossas relações bilaterais não mudam", afirmou Marcelo.
No almoço estavam cerca de uma dezena de representantes de bancos e instituições financeiras, convidados pelo recém-indigitado Lord Mayor, Andrew Parmley, que representa a City of London, a área onde estão concentradas as sedes dos grandes bancos e instituições financeiras britânicos e internacionais.
Agradecendo a oportunidade para o encontro com potenciais investidores, na qual esteve acompanhado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, o Presidente salientou o interesse em desenvolver as áreas das finanças, comércio, educação e transportes.
"Eu e o Governo português estamos profundamente empenhados nesta ambição nacional de captar investimento estrangeiro directo essencial para manter crescimento, empregos e desenvolvimento social e económico", afirmou, antes do almoço.
Na quinta-feira, o Presidente visita a artista Paula Rego no seu estúdio de trabalho antes de um encontro pessoal no Palácio de Buckingham com a rainha Isabel II.
Marcelo partilha com Londres as "boas notícias" de Bruxelas
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