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Marcelo confiante que Itália quer continuar a ser "um grande país europeu"

Marcelo Rebelo de Sousa vincou hoje a sua "esperança" e "convicção" de que nas eleições "a existir no ano que vem se reafirme a vontade da Itália continuar um grande país europeu, um país fundador da Europa, um país muito forte na Europa"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje estar convicto de que Itália "reafirme a vontade" de continuar a ser um "grande país europeu", apesar da vitória do 'não' no referendo à reforma constitucional.

Marcelo Rebelo de Sousa vincou hoje a sua "esperança" e "convicção" de que nas eleições "a existir no ano que vem se reafirme a vontade da Itália continuar um grande país europeu, um país fundador da Europa, um país muito forte na Europa".

O Presidente da República falava aos jornalistas em Castelo Branco, reagindo à vitória do 'não' à reforma constitucional proposta pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, que vai apresentar a sua demissão face ao resultado.

O chefe de Estado sublinhou que não estava em causa a União Europeia no referendo italiano, mas sim "uma reforma constitucional".

O povo italiano foi questionado sobre "mudar ou não o sistema político" do seu país e disse "soberanamente" que não quer mudar.

"Não disse: 'queremos sair do Euro, queremos sair da Europa'", frisou.

A reforma de Renzi foi apoiada por 40,05% dos eleitores que foram votar.

Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa comentou também as eleições de domingo na Áustria, que deram a vitória a Alexander Van der Bellen.

"Já tive ocasião de felicitar o novo presidente austríaco e vejo com felicidade a vitória daquilo que pode ser considerada uma vitória da Europa", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava no arranque da terceira edição da iniciativa presidencial "Portugal Próximo".

Van der Bellen, 72 anos, venceu as eleições presidenciais austríacas, derrotando o candidato da extrema-direita Norbert Hofer.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.