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Manifestantes deram as mãos e uniram 170 km no Líbano

27 de outubro de 2019 às 17:24
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Ao longo da costa de norte a sul do país, dezenas de milhares de manifestantes deram as mãos.

Dezenas de milhares de manifestantes contra o Governo libanês formaram hoje um cordão humano com 170 quilómetros de norte a sul do Líbano, divulgaram os organizadores da iniciativa que decorreu de forma pacífica e sem incidentes.

"Dezenas de milhares de libaneses conseguiram formar uma cadeia humana ininterrupta de norte a sul do país, num ato simbólico, mostrando a unidade dos manifestantes mobilizados contra a classe política", disseram hoje os organizadores da iniciativa.

"A cadeia humana é um sucesso", disse Julie Tegho Bou Nassif, professora de história coorganizadora do cordão humano, citada pela agência France Presse (AFP).

A cadeia humana com 170 quilómetros ao longo da costa de norte a sul do país pretendeu demonstrar unidade e determinação do povo contra a classe política, apesar das crescentes tensões.

A iniciativa implicava a mobilização estimada de cerca de 100.000 pessoas no 11.º dia de um levantamento popular sem precedentes no Líbano.

A pé, de carro, bicicleta ou mota, homens mulheres e crianças dirigiram-se para a estrada que percorre a costa do Mediterrâneo e juntaram-se para dar as mãos, agitar bandeiras libanesas e entoar o hino nacional, relatou a AFP.

Milhares de outros manifestantes reuniram-se na Praça dos Mártires, no centro de Beirute, entoando ‘slogans’ contra o regime e clamando por revolução.

O cordão humano surgiu como uma tentativa de unificação do povo libanês face à revolta desencadeada após o anúncio emitido primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, sobre um pacote de reformas económicas e a intenção de taxar as chamadas gratuitas dos serviços de mensagens pela Internet, como o WhatsApp.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.