Instalações das Nações Unidas na Faixa de Gaza estão sobrelotadas e 40 locais já foram atingidos por ataques israelitas.
Quase 600 mil palestinianos desalojados estão a abrigar-se em instalações das Nações Unidas na Faixa de Gaza na sequência dos bombardeamentos levados a cabo pelo exército israelita.
REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA na sigla original) informou esta quarta-feira que cerca de 600 mil palestinianos deslocados devido aos bombardeamentos israelitas estão neste momento abrigados em 150 instalações e edifícios da ONU na Faixa de Gaza.
Numa publicação feita no X (antigo Twitter), a UNRWA refere, contudo, que "há muitas pessoas a dormir nas ruas" e que os abrigos da organização estão sobrelotados, acolhendo até quatro vezes mais pessoas do que a capacidade máxima.
A UNRWA refere também que 40 das suas instalações já foram atingidas por ataques israelitas. António Guterres solicitou esta semana que as partes cumpram e respeitem suas obrigações de acordo com o direito internacional humanitário, incluindo a proteção de hospitais e a inviolabilidade das instalações da ONU, que abrigam mais de 600 mil palestinos.
Nos discursos dos últimos dias, António Guterres reforçou o seu pedido para um cessar-fogo humanitário imediato e expressou a sua preocupação relativamente às violações do direito internacional que estão a acontecer em Gaza. O secretário-geral do ONU lembrou que nenhuma parte num conflito armado está acima da lei humanitária internacional.
Guterres condenou na terça-feira os "atos de terror" do Hamas de 7 de outubro, mas disse que "não aconteceram do nada", referindo que os palestinianos foram sujeitos "a 56 anos de ocupação sufocante". "Viram as suas terras serem continuamente devoradas por colonatos e assoladas pela violência, a sua economia foi sufocada, as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas", afirmou. "As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", acrescentou o antigo primeiro-ministro português na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Israel pediu a demissão de Guterres por considerar que estava a justificar o terrorismo e admitiu que irá rever as relações com a Organização das Nações Unidas.
O Hamas fez um ataque sem precedentes em Israel a 7 de outubro que as autoridades israelitas disseram ter causado mais de 1.400 mortos. O grupo palestiniano também raptou duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns em Gaza. A resposta do exército israelita já provocou, segundo as autoridades palestinianas na Faixa de Gaza, mais de 5.800 mortos.
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